De forma alguma duvidarmos que o Presidente da Câmara Municipal de Sintra saiba do que fala. Mas admitimos que fale do que lhe falam, o que será um pouco diferente.
Na página de TRANSPORTES em revista, um artigo de 4 de Março deste ano diz-nos que Basílio Horta "está «satisfeito» com a oferta de transportes no concelho (...).
Mas terá Sua Excelência suportado a «satisfação» em dados credíveis? Em estudos e comparações com concelhos vizinhos? Ou só em parte do concelho?
Sua Excelência - parece que pronto para se manter no poder - terá apurado das razões que levam os sintrenses a encher o IC19 de carros, sem usarem transportes públicos?
Terá Sua Excelência, também, apurado das razões que levam as pessoas a recorrerem ao automóvel? Se têm oferta regular, frequente e vantajosa de transportes rodoviários?
Será outra a visão, distorcida, se feita com olhos de quem use viaturas camarárias para deslocações, eventualmente com motorista e espaço gratuito para estacionar.
Sua Excelência já se debruçou sobre Horários e Custos? Ou das repercussões que os elevados custos de bilhetes têm no que a Câmara paga para transportes escolares?
Fica-se mesmo tolhido quando refere que "sempre tivemos um bom entendimento com a administração da empresa". Melhor seria se espelhasse a satisfação dos utentes.
Seria expectável mau "entendimento" se a carreira da Pena é uma mina e o resto do território é servido ao gosto da Operadora, às sua limitações e preços?
Vamos ajudar aos conhecimentos de Sua Excelência
Receamos que Sua Excelência se estribe em informações defeituosas prestadas por serviços pouco estudiosos da matéria das acessibilidades e transportes rodoviários.
Isto porque não é só de comboios que Sintra vive. Sintra tem duas realidades bem distintas, dois sistemas de mobilidade oponíveis, o pior para cá do Cacém.
Experimentasse Sua Excelência usar transportes rodoviários sintrenses para chegar ou sair de Sessões de Assembleia Municipal e, ou não chegaria ou dormiria num Hotel.
Dissemos acima e vamos cumprir: vamos ajudar Sua Excelência a saber dos transportes rodoviários sintrenses, quase totalmente a cargo de uma empresa de Cascais.
Em 28 de Julho de 2011 (Sua Excelência terá de ter a paciência de ler este blogue) escrevemos aqui sobre as Coroas (não as que tanto motivam Sua Excelência) mas as de Lisboa, em que o passe L123 pode ser usado do Cacém à outra banda...
Salientávamos que para cá do Cacém eram os passes combinados, mais caros e com menos cobertura. Falámos de mais de Um milhão e trezentos mil euros pagos em 2010 pela Educa a título de transportes escolares. Um só grupo encaixou cerca de 80%.
Em 30 de Outubro de 2014 (estamos certos de que lerá) Sua Excelência já era Autarca em Sintra e fizemos o trabalho que deveria ter sido feito pelos Serviços Camarários.
A área do território sintrense servido pela Scotturb é mais do dobro daquela onde a mesma empresa actua em Cascais. No entanto, enquanto que em Cascais efectua 60,97% das suas circulações, a Sintra correspondem uns inqualificáveis 39,03% (*).
Acresce que os Bilhetes são para um só trajecto, originando custos sucessivos sempre que há os transbordos que a empresa inventa e a Câmara de Sintra não contesta. Daí que, facilmente, a quatro ou 5 quilómetros da Vila se possa pagar 4,5€ num só sentido.
Por tal política - que a Câmara aceita - há muitos residentes que fazem a pé grandes distâncias por não poderem pagar. A outros fica mais barata a viatura particular.
Será disto que, conforme Basílio Horta, a Câmara está "satisfeita"? De uma panóplia de bilhetes, de trajectos que muitas vezes não são completos? De horas de intervalos?
A provar que as opiniões de Sua Excelência estão longe da realidade - desgosta-nos se não sabe - o TudoSobreSintra, excelente página informativa de Sintra, dá conta das queixas apresentadas à DECO, com destaque para a Linha de Sintra.
Sua Excelência - parece que pronto para se manter no poder - terá apurado das razões que levam os sintrenses a encher o IC19 de carros, sem usarem transportes públicos?
Terá Sua Excelência, também, apurado das razões que levam as pessoas a recorrerem ao automóvel? Se têm oferta regular, frequente e vantajosa de transportes rodoviários?
Será outra a visão, distorcida, se feita com olhos de quem use viaturas camarárias para deslocações, eventualmente com motorista e espaço gratuito para estacionar.
Sua Excelência já se debruçou sobre Horários e Custos? Ou das repercussões que os elevados custos de bilhetes têm no que a Câmara paga para transportes escolares?
Fica-se mesmo tolhido quando refere que "sempre tivemos um bom entendimento com a administração da empresa". Melhor seria se espelhasse a satisfação dos utentes.
Seria expectável mau "entendimento" se a carreira da Pena é uma mina e o resto do território é servido ao gosto da Operadora, às sua limitações e preços?
Vamos ajudar aos conhecimentos de Sua Excelência
Receamos que Sua Excelência se estribe em informações defeituosas prestadas por serviços pouco estudiosos da matéria das acessibilidades e transportes rodoviários.
Isto porque não é só de comboios que Sintra vive. Sintra tem duas realidades bem distintas, dois sistemas de mobilidade oponíveis, o pior para cá do Cacém.
Experimentasse Sua Excelência usar transportes rodoviários sintrenses para chegar ou sair de Sessões de Assembleia Municipal e, ou não chegaria ou dormiria num Hotel.
Dissemos acima e vamos cumprir: vamos ajudar Sua Excelência a saber dos transportes rodoviários sintrenses, quase totalmente a cargo de uma empresa de Cascais.
Em 28 de Julho de 2011 (Sua Excelência terá de ter a paciência de ler este blogue) escrevemos aqui sobre as Coroas (não as que tanto motivam Sua Excelência) mas as de Lisboa, em que o passe L123 pode ser usado do Cacém à outra banda...
Salientávamos que para cá do Cacém eram os passes combinados, mais caros e com menos cobertura. Falámos de mais de Um milhão e trezentos mil euros pagos em 2010 pela Educa a título de transportes escolares. Um só grupo encaixou cerca de 80%.
Em 30 de Outubro de 2014 (estamos certos de que lerá) Sua Excelência já era Autarca em Sintra e fizemos o trabalho que deveria ter sido feito pelos Serviços Camarários.
A área do território sintrense servido pela Scotturb é mais do dobro daquela onde a mesma empresa actua em Cascais. No entanto, enquanto que em Cascais efectua 60,97% das suas circulações, a Sintra correspondem uns inqualificáveis 39,03% (*).
Acresce que os Bilhetes são para um só trajecto, originando custos sucessivos sempre que há os transbordos que a empresa inventa e a Câmara de Sintra não contesta. Daí que, facilmente, a quatro ou 5 quilómetros da Vila se possa pagar 4,5€ num só sentido.
Por tal política - que a Câmara aceita - há muitos residentes que fazem a pé grandes distâncias por não poderem pagar. A outros fica mais barata a viatura particular.
Será disto que, conforme Basílio Horta, a Câmara está "satisfeita"? De uma panóplia de bilhetes, de trajectos que muitas vezes não são completos? De horas de intervalos?
A provar que as opiniões de Sua Excelência estão longe da realidade - desgosta-nos se não sabe - o TudoSobreSintra, excelente página informativa de Sintra, dá conta das queixas apresentadas à DECO, com destaque para a Linha de Sintra.
Como seria bom Sua Excelência vestir a pele dos outros
Sua Excelência ficaria sobremaneira conhecedor se visitasse o terreno. Não é um sintrense mas nem por isso poderá prescindir de ter contactos com certas realidades de Sintra, uma delas as acessibilidades, as condições oferecidas em transportes públicos.
A Sua Excelência talvez digam que os transportes de Sintra são o eixo ferroviário e nada é mais falso, porque as pessoas andam em permanente circulação.
Actualmente, com a política a que o povo já chama do Tio Patinhas com a mina das moedinhas, quem necessita de ir a Serviços ou Centro de Saúde, nem suporta os elevados custos dos parques nem tem transportes rodoviários adequados.
Estamos, assim, na altura ideal para Sua Excelência pôr um boné na cabeça (recorde-se Fernando Seara que o fazia) e todos os dias dar uma volta pelo concelho e, se mais não fizer, fale com as pessoas, oiça-as, pois têm sempre muito para ensinar.
Como seria uma excelente justificação para dizer "É este o caminho".
(*) - Dados de 2014
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