Recordo-me como se fosse hoje porque as coisas da infância parece serem as últimas a morrer na nossa memória, talvez porque a gravação foi feita em matéria nova.
Ainda vivia em casa de meus pais, primeiro andar de esquina num cruzamento perto do terminal de autocarros. Passeio largo que deixava estacionar um carro com assador.
De tempos a tempos, escutava-se a voz grossa do homem das castanhas: "Por favor não encostem ao carro, um de cada vez, as castanhas chegam para todos".
De tanto ouvirmos, íamos à janela ver a multidão de compradores, gente a acotovelar-se, a empurrar-se, para conseguirem um pacote de papel com 5 tostões delas dentro.
Qual não era o nosso espanto ao vermos que nem uma pessoa estava a comprar.
O homem das castanhas, viria a morrer na miséria, sem sustento.
Confesso que nem sei porquê, mas ao ver o novo museu que passou a ocupar o espaço do antigo Museu do Brinquedo (clique pf), vem-me à memória o homem das castanhas.
Que coisas estranhas se passam às vezes na nossa memória.
De tempos a tempos, escutava-se a voz grossa do homem das castanhas: "Por favor não encostem ao carro, um de cada vez, as castanhas chegam para todos".
De tanto ouvirmos, íamos à janela ver a multidão de compradores, gente a acotovelar-se, a empurrar-se, para conseguirem um pacote de papel com 5 tostões delas dentro.
Qual não era o nosso espanto ao vermos que nem uma pessoa estava a comprar.
O homem das castanhas, viria a morrer na miséria, sem sustento.
Confesso que nem sei porquê, mas ao ver o novo museu que passou a ocupar o espaço do antigo Museu do Brinquedo (clique pf), vem-me à memória o homem das castanhas.
10,36 horas de um dia de semana ou noutra hora qualquer
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