sexta-feira, 4 de março de 2016

SINTRA, SENHORES AUTARCAS, HÁ NECESSIDADE DISTO?

Quem visita este modesto blogue já terá notado referências ao crocodilo que cresce e acaba por nos ameaçar pelo tamanho. Justificamos a citação: 
Já passaram quase cinquenta anos e as palavras daquele moçambicano humilde, junto à Fortaleza da Ilha de Moçambique, continuam gravadas no pensamento: "Siô, sabe porque crocodilo come home qando é grande?"  - "Não, mas quero saber...". A resposta rápida e clara: "Porque qando crocodilo é pequeno o home não põe-lhe pé em cima da cabeça". 
E continuou pescando naquelas maravilhosa águas, com a linha (um fio...) enrolada ao polegar do pé, deitando-se na areia de ouro, limpa e quente, como só lá existe.

Vida fora, temo-nos lembrado da lição daquele iletrado filósofo do povo, procurando decisões rápidas para que pequenos problemas não virem crocodilos ameaçadores.

A sociedade é ameaçada por esses crocodilos ao arrastar soluções, nas promessas que ficam por cumprir, no "faz que anda e não anda" como uma Amiga dizia há dias.

Vivemos felizes. Os lacaios gritam "parabéns", batem palmas, saúdam das formas mais variadas, talvez com seitas a recomendarem colagens adequadas e eruditas.

Num belo País, que podia andar para a frente, andamos para trás de peito feito, como se limpar as mãos às paredes caracterizasse um Povo ou realizasse seus Sonhos.

O jogo dos exageros...políticos

Mais uma vez recordaremos ser nosso entendimento que os eleitos para cargos públicos e autárquicos estão obrigados a gerir bem as responsabilidades assumidas. 

Há os que enfatizam qualquer acto de "grande", "excelente", "fantástico" ou "histórico" e mostram projectos, completando com entrevistas nos media nitidamente promocionais.

Outros, exageradamente discretos, são Autarcas que se entregam às suas responsabilidades com resultados de grande mérito que a sua modéstia reserva.

Aos que enfatizam, lembre-se que os exageros promocionais exigem cautelas, pois já não vivemos numa sociedade de gente tapada, antes distingue o verdadeiro do forjado.

Acresce que, com a globalização, tudo pode ser apreciado em segundos.

Além disso, para todos nós, incluindo na vida Autárquica, aconteceu um 25 de Abril.

Os alertas dos cidadãos devem ser considerados

Para sermos sérios, devemos repensar sobre a forma como do outro lado (Serviços Autárquicos camarários ou de Freguesias) são interpretadas os nossos contactos.

Na maior parte das situações, prima a deselegância por parte dos serviços oficiais, seja sobre que assunto seja, de alerta ou para o mais amplo interesse colectivo.

Claro está que, não metendo todos os Autarcas na mesma bitola, a filosofia mais notada é de indiferença pelos munícipes, oponível aos princípios de bom relacionamento.

Quando assim é, notam-se efeitos negativos pelos arrastamento ou indiferença.

Um só exemplo, suficiente

Com tristeza, temos aqui abordado um conjunto de situações negativas e de fácil solução que se arrastam, deixando as pessoas na expectativa da respectiva eliminação...

No dia 1 deste mês, com base num slogan que interpretamos como de eleitoralismo, vimo-nos na necessidade de abordar diversas situações de uma forma mais incisiva.

Dessa nossa atitude podemos desde já retirar uma satisfação: O que se escreve não cai em saco roto, havendo portanto leitura atenta do que é escrito.

Por outro lado, os indicadores apontam para que o desleixo esteja instituído.

A suportar o acima dito, menos de 24 horas decorridas sobre a publicação, já três pilaretes estavam repostos no devido lugar, repondo a imagem correcta no local.


Pelo menos três pilaretes foram recolocados

No entanto, certamente por alguém mal formado os ter feito desaparecer, um dos locais foi tapado com a calçada à portuguesa e a passagem pedonal continua desprotegida.

Onde havia um pilarete deixou de o ter

Passagem de peões continua disponível para estacionamento de carros

Agora, a incapacidade da reposição pode ligar-se com o desaparecimento, devendo os Autarcas ser responsabilizados porque o arrastamento terá contribuído para isso.

Quanto a sinais: Nada de novo, o de Sentido Proibido, continua dormindo junto da parede e o espelho convexo está tal e qual, fazendo jus à ineficácia camarária.

Começa a desenhar-se no nosso espírito um receio, inconcebível é certo, de que os serviços funcionam por oposição, como que castigando quem aponta ou reclama.

Há necessidade de situações destas? De se chegar a este ponto?


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