sexta-feira, 11 de março de 2016

SINTRA: DA FÁBULA FINANCEIRA À VENDA DO PATRIMÓNIO

Estávamos meditando sobre "A fábula financeira", deliciosa história aos quadradinhos escrita por Carl Barks no ano de 1950, quando chegou a emocionada mensagem: - "Hotel Netto vendido. Única proposta. Um milhão de euros para o cofre"...

Saltou-nos à memória a parte da história em que Tio Patinhas explicava ao sobrinho Donald as leis da oferta e da procura para se fazer dinheiro...muito dinheiro.

À falta de um martelo que nos despertasse, fomos levados a rever a história da aquisição do Hotel Netto pela Câmara Municipal, que apoiámos, tanto mais que era prometida a reconstrução para pousada ou algo semelhante.

Do que foi dito na altura - tudo tão bonito...- ficou-se pelo caminho. 

Valeu a Restelo Azul estar atenta...nem mais, nem menos. 

Vender em vez de reconstruir

A Câmara Municipal, aos poucos, parece estar tentada a tornar-se não em investidora da recuperação do seu património mas em deixá-lo degradar-se para posterior venda. 

Foi assim no exercício anterior com uma casa no Rio do Porto e agora, além do Netto, parece que outras casas no Rio do Porto e Escadinhas do Hospital.

Esperemos que não se converta em vendedora imobiliária...já que o seu imenso património é digno e exige a devida e atempada conservação, para não se tornar ruínas. 

Casal de S. Domingos que futuro?

Há mais de cinco (5) anos que alertamos (p.f. clique)  para a degradação que se verifica no Casal de S. Domingos, alí às portas da Câmara, sem que alguém ligue.

É um património camarário a respeitar, desde os tempos de Amélia Morais e seus Irmãos, com histórias da vida sintrense naquele época. 

É lamentável que, além da Estufa totalmente degradada e jardim anexo, até as entradas para a antiga garagem sejam espelho dos vários responsáveis autárquicos. 

Ao Presidente da Câmara, que passará no local todos os dias - é certo que talvez só de carro - bastará dar instruções para a viatura parar...e ver estas imagens:






Será que esta degradação - em bens municipais a 100 metros dos Paços do Concelho - é para se manter até à derrocada, com posterior venda em hasta pública?

Ou será que, na visão do Presidente da Câmara, este património é irrelevante?

Sintra não merece disto.


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