Devemos acreditar que o presidente da Câmara de Sintra - não sendo um sintrense - seja capaz de medidas positivas e relevantes para a generalidade dos munícipes.
No entanto, usa tanto "fantástico", "excelente" e "importante", por isto ou por aquilo, que faz recear pelas expressões que utilizará quando surgirem grandes obras e soluções.
Com pouco mais de dois anos de governação autárquica, podem ser prematuros os sinais de uma pré-campanha em curso, com mensagem no slogan "É este o caminho".
Com pouco mais de dois anos de governação autárquica, podem ser prematuros os sinais de uma pré-campanha em curso, com mensagem no slogan "É este o caminho".
Daí o slogan já ter ecos, adequadamente de louvor, porque nestas coisas há sempre ostentações desinteressadas, sereias que algumas vezes os políticos apreciam.
Será "Este o caminho" que a maior parte dos milhares de sintrenses desejam?
Pensemos sem slogan, porque a vida colectiva não se faz de difusões facebookianas.
Alguns subsídios da realidade sintrense
Dizendo em entrevista que "Sintra não é só a vila histórica", o Edil parece desvalorizar anormalidades que já deveriam ter sido resolvidas. Por exemplo, a estrutura aqui denunciada em 19 de Dezembro de 2014 não só se concluiu como se mantém.
Bem agarrada por furos feitos nos azulejos, que mistério envolverá esta estrutura?
Também, não dará valor à degradante imagem da Rua dos Arcos, há anos aqui referida, quando enaltece a propaganda de Sintra feita em países com qualidade de vida.
Alguma votação internacional terá dado indicadores deste ser o destino preferido dos americanos?
Realidade sintrense fora da vila histórica
Embora salientando que o êxito está na equipa, não nos deixaremos convencer pelas responsabilidades de outrem na falta de soluções que deviam ser tomadas.
Todavia, e dizendo que "Sintra não é só a vila histórica", certamente sabe que a mesma se situa numa freguesia com 62,270 quilómetros quadrados, quase ao abandono.
Pelo afirmado, pessoas crédulas imaginarão o Edil cheio de preocupações pelo bem-estar das populações periféricas (há periferias...) que ajudam às finanças ostentadas.
Fugazes "Presidências Abertas", tão restritas que até as populações as não viveram, permitem que se conclua pelo alheamento da vida de mais de 29.000 residentes.
Apesar de diversas alusões, nenhum autarca providenciou contra o desleixo:
Há mais de um ano, num entroncamento perigoso, só falta lá escrever o nome de um responsável
Seguem-se imagens numa área próxima dos 500 metros quadrados:
Como alguém entendia que deveria descer a rua...arrancou-se o sinal. As ervas mostram o tempo...
Como a passagem de peões incomodava o estacionamento...arranca-se o pilarete
Comi o pilarete não deixava estacionar o carro, arranca-se e depois não se repara
Outro pilarete por recolocar
Pilarete que resolveu descansar até que o levem para derreter
Estamos perante situações pontuais que reflectem a indiferença autárquica, porque outras há e preocupantes, comunicadas mas a que os Eleitos nem se dignam responder.
Não "é este o caminho" que milhares de sintrenses querem, pelo que - só com dois anos no poder - ainda é muito cedo para se exaltar algum trabalho feito.
Um sintrense para a Câmara de Sintra
Há todas as condições para que na Câmara surja um Sintrense seguidor dos princípios, modéstia e amor a Sintra de que José Alfredo Costa Azevedo foi exemplo.
No PS há personalidades com tal prestígio; no PSD também; no CDS há figuras sintrenses prestigiadas; na CDU historicamente reconhecidas; até no Bloco de Esquerda se reconhecem os valores exigíveis.
Se por cá temos as personalidades exigíveis, então avancemos.
Sintra merece mais e os seus também a devem merecer.
NOTA: Depois de publicado, notámos que por lamentável lapso não incluímos o Movimento de Sintrenses com Marco Almeida que, naturalmente, também integra prestigiadas e respeitadas figuras de Sintra. O nosso pedido de desculpa.
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