"O nosso património cultural e natural são as fontes insubstituíveis de vida e inspiração", do site da UNESCO
Ultimamente, julgamos que numa interessante iniciativa da Assembleia Municipal, têm surgido textos sobre os 20 anos da elevação de Sintra a Património da UNESCO.
A data a celebrar ainda vem longe (6 de Dezembro) mas a programação das diversas manifestações obrigará a que, desde já, se conheçam as boas vontades.
Lendo todas as participações (entre elas do actual Presidente da Câmara) só o Presidente da Assembleia Municipal e do Grupo Politico Municipal do PS tiveram a elegância institucional de referir o nome da Dra. Edite Estrela.
Foi com Edite Estrela, Presidente da Câmara, que Sintra teve a Honra de ser distinguida como Património da Unesco. Que se lembre e registe-se.
Quantos escribas conhecem as Regras?
Lendo todas as participações (entre elas do actual Presidente da Câmara) só o Presidente da Assembleia Municipal e do Grupo Politico Municipal do PS tiveram a elegância institucional de referir o nome da Dra. Edite Estrela.
Foi com Edite Estrela, Presidente da Câmara, que Sintra teve a Honra de ser distinguida como Património da Unesco. Que se lembre e registe-se.
Quantos escribas conhecem as Regras?
Em 16 de Novembro de 1972, a Conferência Geral da ONU para a Educação, Ciência e Cultura adoptou a Convenção para a Protecção do Património Mundial, Cultural e Natural que importa salientar, para que alguns pressupostos não passem ao lado.
Ora, o Artigo 27 da Convenção, é claro: "Os Estados (...) esforçar-se-ão, por todos os meios apropriados, nomeadamente mediante programas de educação e de informação, por reforçar o respeito e o apego dos seus povos ao património cultural e natural (...)".
O Artigo 28 vai mais longe: "Os Estados (...) deverão tomar as medidas necessárias no sentido de dar a conhecer a importância dos bens que constituem o objecto de tal assistência e o papel desempenhado por esta".
De outro lado, no site da Comissão Nacional da Unesco (ligado ao MNE), a Parques de Sintra escreve: "O modelo de gestão do património cultural e natural depende de um ciclo virtuoso centrado na capacidade dos parques e monumentos para gerar receitas através de fluxos regulares de visitantes".
Seja, a Unesco define programas culturais para "apego" e "dar a conhecer a importância dos bens" aos povos dos Estados, e a Parques de Sintra "receitas" com visitantes.
Fica compreendido porque mais de 85% dos visitantes dos Parques de Sintra são estrangeiros e as restrições financeiras criadas aos portugueses. Clarinho...
E como a figura das gratuitidades selectivas tem admiradores, aos Domingos de manhã entram os que mostrem uma residência em Sintra e pagam bilhete todos os outros.
Num exemplo do maior apego ao desenvolvimento cultural, os jovens até aos 17 anos devem pagar a sua entrada quando fazem parte do "fluxo regular de visitantes"...
E a defesa do vasto Património em vez de textos e discursos?
Lendo-se os variados textos, de diversos autores, fica a imagem de que não há responsáveis por muitas das desagradáveis situações com que nos deparamos.
Daremos poucos exemplos, só para desabafarmos suavemente.
Há quantos anos o Centro Histórico tem a Rua dos Arcos com aquele aspecto vergonhoso? Quantas vezes no anterior Executivo se apontou aquela paisagem ofensiva?
Em breve fará um ano sobre a denúncia (feita em primeira mão neste blogue) da estrutura metálica instalada frente ao Hotel Central que causou danos nos azulejos?
Como é possível que, em plena Serra, na proximidade do Parque e Palácio da Pena, tenham sido abertos parques de estacionamento automóvel nas condições conhecidas?
Nem um dos escribas a dizer que isto é para resolver. Que isto é para acabar.
Escreve-se. Discursa-se. Louva-se. Há sempre quem goste.
Estaremos perante novas provas de Cultura? Esperemos que não.
Andaremos enganados ou vivemos amargas ilusões?
Que maus exemplos e péssimos currículos...
Ora, o Artigo 27 da Convenção, é claro: "Os Estados (...) esforçar-se-ão, por todos os meios apropriados, nomeadamente mediante programas de educação e de informação, por reforçar o respeito e o apego dos seus povos ao património cultural e natural (...)".
O Artigo 28 vai mais longe: "Os Estados (...) deverão tomar as medidas necessárias no sentido de dar a conhecer a importância dos bens que constituem o objecto de tal assistência e o papel desempenhado por esta".
De outro lado, no site da Comissão Nacional da Unesco (ligado ao MNE), a Parques de Sintra escreve: "O modelo de gestão do património cultural e natural depende de um ciclo virtuoso centrado na capacidade dos parques e monumentos para gerar receitas através de fluxos regulares de visitantes".
Seja, a Unesco define programas culturais para "apego" e "dar a conhecer a importância dos bens" aos povos dos Estados, e a Parques de Sintra "receitas" com visitantes.
Fica compreendido porque mais de 85% dos visitantes dos Parques de Sintra são estrangeiros e as restrições financeiras criadas aos portugueses. Clarinho...
E como a figura das gratuitidades selectivas tem admiradores, aos Domingos de manhã entram os que mostrem uma residência em Sintra e pagam bilhete todos os outros.
Num exemplo do maior apego ao desenvolvimento cultural, os jovens até aos 17 anos devem pagar a sua entrada quando fazem parte do "fluxo regular de visitantes"...
E a defesa do vasto Património em vez de textos e discursos?
Lendo-se os variados textos, de diversos autores, fica a imagem de que não há responsáveis por muitas das desagradáveis situações com que nos deparamos.
Daremos poucos exemplos, só para desabafarmos suavemente.
Há quantos anos o Centro Histórico tem a Rua dos Arcos com aquele aspecto vergonhoso? Quantas vezes no anterior Executivo se apontou aquela paisagem ofensiva?
Pormenor da Rua dos Arcos
Em breve fará um ano sobre a denúncia (feita em primeira mão neste blogue) da estrutura metálica instalada frente ao Hotel Central que causou danos nos azulejos?
A estrutura montado no Central
Como é possível que, em plena Serra, na proximidade do Parque e Palácio da Pena, tenham sido abertos parques de estacionamento automóvel nas condições conhecidas?
Próximo do portão de entrada no Parque da Pena
Nem um dos escribas a dizer que isto é para resolver. Que isto é para acabar.
Escreve-se. Discursa-se. Louva-se. Há sempre quem goste.
Estaremos perante novas provas de Cultura? Esperemos que não.
Andaremos enganados ou vivemos amargas ilusões?
Que maus exemplos e péssimos currículos...
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