domingo, 1 de novembro de 2015

SINTRA, TODOS OS SANTOS E O HOMEM DAS CASTANHAS...

A foto tem 11 anos e já aqui teve referências em 2012.

Durante tanto tempo apreciava-se a azáfama daquele Homem, entre o agitar do assador, o arrancar folhas a uma lista telefónica (páginas amarelas...quem se lembra?) e a resposta rápida aos clientes que perguntavam: "Estão quentinhas?".

Era o seu ar preocupado, atento ao trabalho, bem expresso nas faces, que prendia a atenção. A sua vida e dos seus, certamente, dependia das receitas daquele dia.  


Hoje, dia de Todos os Santos, em que convivem o dos Pobres e o dos Ricos, lembramo-nos, como naquele dia, nos souberam tão bem as castanhas daquele Homem.

Eram assadas por mãos artistas de um especialista naquela técnica tão exigente que, a pretexto de aquecer as mãos, justificava o conforto dos sabores.

O Homem das Castanhas não tem Santo, anda pelas ruas espalhando o cheiro da sua vida, porque não entra em Salões...onde também não há castanhas assadas...

Entre as cinzas da memória, o Homem das castanhas é um pouco de todos nós.



   

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