A propósito da devolução "à luz do dia" do Fontanário Neo-Manuelino da Estefânia, de certeza que o Senhor Presidente da Câmara se deslocou a pé na ida e no regresso, entre os Paços do Concelho e o Largo Afonso Albuquerque..
Destaca-se o facto, porque, finalmente, salvo alguma dificuldade súbita que não o tenha permitido, viu o estado de abandono em que se encontram a antiga estufa do Casal de S. Domingos e o painel de azulejos, tudo propriedade de CM de Sintra:
O alerta público tem sido dado, mas os autarcas passam no local quase sempre de carro (confesso que a pé, salvo agora este trajecto devolutivo, nunca me apercebi) e...de costas.
E depois os senhores autarcas estão num patamar selectivo, os munícipes são só para fazer de conta ou desabafarem.
Usando o blogue Sintra do avesso, disponibilizado pelo meu Amigo João Cachado, já em 9 de Abril de 2010 se continuava a abordar o estado de abandono do Casal de S. Domingos e se mostravam fotos.
Só nesta fase passaram 1014 dias...
Nunca é tarde. Em ano de eleições, as mais sensíveis figuras estarão atentas as estas pequenas coisas que nos envergonham, principalmente quando os escutamos a referirem-se às belezas sintrenses e ao turismo...
Mas agora não se trata de levantar uma casa, mas sim estudar a forma mais adequada para, mantendo a história do local, se recuperar o património.
Com tanto artista de nomeada, não haverá algum que ponha a imagem do Casal de S. Domingos liberta das degradantes perspectivas acima reproduzidas?
Nem que depois sejam medalhados...
2 comentários:
Mas o engraçado é o Sr. Dr. João Cachado ter estado ao lado do Sr. Presidente no "desembuçar" do fontanário.
Foi o meu amigo Fernando Castelo quem teve a gentileza de chamar a minha atenção para o comentário precedente.
Por princípio, mesmo no meu blogue, não costumo responder a a mensagens anónimas. Não percebo, sinceramente, não percebo porque se escondeu, sob o anonimato, a pessoa que me referiu no comentário. Provavelmente, ainda serão sequelas de traumas do «tempo da outra senhora» em que anónimos e pseudónimos eram recursos frequentes...
E, já que resolvi responder porque, apesar do evitável subterfúgio, o anónimo até foi cortês, dir-lhe-ei que ali fui, com todo o gosto, primeiramente, para rever e dar um abraço ao Mestre Avelino Baleia, o canteiro que fez a réplica da peça, um grande senhor da arte da cantaria em Sintra e em Portugal, que conheço há muitos anos da Escola de Recuperação do Património de Sintra, onde fui professor e director pedagógico e ele uma importantíssima referência para muitos jovens que se iniciaram naquela área específica de intervenção na recuperação do património; e, em segundo lugar, para dizer, de viva voz, ao Senhor Presidente da Câmara e à Senhora Dra. Maria João Raposo aquilo que tinha subscrito no artigo ontem publicado no 'Jornal de Sintra', texto para o qual chamaria a atenção do anónimo. Já que achou graça à minha presença, então tenha a certeza de que, ali, a graça da minha presença não passou disto mesmo.
João Cachado
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