sábado, 24 de novembro de 2012

SINTRA: COM 22.560 DESEMPREGADOS, QUE MEDIDAS FORAM TOMADAS PELA AUTARQUIA PARA MINORAR AS DIFICULDADES?

O Natal deste ano será mais difícil para muitas famílias, nomeadamente em Sintra onde, no Centro de Emprego, estavam inscritos em Outubro 22.560 desempregados (11.409 homens e 11.151 mulheres), dos quais 11.704 entre os 35 e 54 anos.

Dá que pensar. Em Dezembro de 2005 (quando a Dedicação a Sintra entrou no segundo mandato) os inscritos eram 17.086. Em Dezembro de 2011 eram 19.868.


 Instalações da SAMSUNG abandonadas há anos, depois de centenas de despedimentos. 

Tão gravíssimo problema exigiria todos os esforços para acelerar o desenvolvimento. Infelizmente, sente-se que, nestas terras, se busca mais curricular carreiras politicas.

Até se podem fazer milhares de quilómetros - suportados pelo erário público -  a visitar todas as capelinhas, mas o fundamental, o direito ao trabalho, em nada beneficia.

"donos". Guardiões e guardiãs que bloqueiam. Fazedores de opinião por atacado. 

Especialistas que invocam Byron ou Herculano (deste só o que lhes interessa...) não são capazes de expressar opiniões sobre a extinção de freguesias!!!

Dinamizar também é apoiar

Um exemplo do que se passa lá fora em tempos de crise, onde se dinamiza a economia mais débil, para que nesta época se consigam fundos para uns tempos.

Veja-se a praça mais nobre de Munique - a Marienplatz - das mais históricas da Alemanha, ontem pelas 10,30 horas. Não para contar peões, mas, sim, descrevê-la: 


À direita a Câmara Municipal (Rathaus), com um enorme pinheiro que é colocado três ou quatro dias antes deste mercado popular. Na via só transportes públicos.

Nas tendinhas, patrocinadas pela Câmara (até no pátio interior existem) convive-se. Lá se vendem frutas; o cheiro a amêndoas torradas e açúcar é uma tentação. Artigos para a árvore de Natal e artesanais quebra-nozes (Nussknacker) são aos milhares.

Ao fundo, à direita, os chocolates da Wöerners desafiam-nos. Por todo o lado aparecem espetadas de fruta banhadas com chocolate.

Nos pequenos abrigos, com frio, neve ou chuva, não se pode evitar uma caneca de vinho quente (Glühwein) que aquece a alma e nos leva a conviver.

E em Sintra? A história impõe-se...

Frente ao Palácio Nacional só viaturas com autorização. A Volta do Duche, que poderia trazer vida à Vila, parece à noite um sarcófago.Na pedonal da Heliodoro Salgado,  que liga a zona histórica com a parte Norte, nem o comércio local a aproveita.

Já uma vez li que em Sintra "não há artesanato".

Esta a realidade de Sintra. Os autarcas no poder, não desestabilizando o "status" de algumas figurinhas, deixam tudo andar ao sabor da boa imagem e não tomam as decisões necessárias para que Sintra, ao menos nesta época, se adapte à vida. 

Para os responsáveis Sintra será diferente. É melhor dar cabazes aqui e ali.  

Quantos desempregados não estariam ávidos de explorar umas tendinhas?

Por estas e outras razões cada vez estamos mais no fundo e endividados. 



Sem comentários: