Logo que tomou posse, Passos Coelho mandou “lixar” o que prometeu em campanha eleitoral e iniciou a repressão económica sobre trabalhadores e reformados.
Ele e sua equipa de tecnocratas, com um sentido esquisito de patriotismo, meteram ombros à tarefa hercúlea de destruir as conquistas democráticas e direitos dos trabalhadores, aproximando-nos de uma sociedade escravocrata.
Grosseiramente, Passos associado ao CDS, com o pastoso falar do financeiro Gaspar, cortaram férias, aumentaram horas de trabalho, subtraíram reformas e salários, além de agravamentos nos impostos que não sabemos quando pararão.
Direitos conquistados após a implantação da República, que o regime fascista não conseguiu acabar, são agora sistematicamente atacados e retirados.
Mórbido, castiga quem trabalha ou trabalhou, enquanto que as grandes fortunas – muitas ganhas com a crise – ficam à rédea solta. A sanha é tal que os grandes grupos económicos se vêem obrigados a fingir que discordam dele…
Virgem de trabalho árduo, mas com boa reforma já na calha, inverteu as responsabilidades do Estado enquanto fiel depositário das contribuições pagas pelos cidadãos para as suas reformas, não cumprindo com elas.
Passos Coelho, espelha uma fúria inaudita contra tudo que cheire a conquista de Abril, talvez com trauma pela consequente descolonização. As medidas que toma sugerem sempre um processo de vingança em curso.
“Custe o que custar” (apoiantes de Salazar nas eleições de 1958)
É hoje claro que Passos Coelho apenas quis chegar ao poder, a qualquer custo.
O Presidente da República, que o deveria ter demitido às primeiras medidas oponíveis à palavra dada em campanha eleitoral, aceitou as falsidades com naturalidade.
Seguiram-se os truques. Rodeado de técnicos, Passos Coelho teria de saber que cortar subsídios era inconstitucional. No entanto, contou com a familiaridade política do PR e, face à demora do Tribunal Constitucional, esbulhou-nos em 2012.
Outro truque foi a polémica sobre a TSU, usada como lebre para que o Conselho de Estado aderisse às medidas extremamente graves que estão em curso.
Passos Coelho e a sua gente, usam a democracia para a destruição económica da classe média, com graves reflexos na natalidade. A equidade de que fala é pura falácia.
O rictus facial de Passos Coelho já não é o que era. Mostra tiques de que, mais dia, menos dia, os cães poderão ser atirados contra manifestantes, a tinta azul lançada, a repressão física a copiar o que era feito no período fascista.
Passos Coelho, não pode ser visto como amigo do POVO.
O POVO o derrotará, porque disto já o POVO sofreu 48 anos.
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