Não sei se a eliminação do feriado do 5 de Outubro se relaciona com afinidades monárquicas ou ajuste de contas com a implantação republicana. Mas acabar com o dia de hoje, uma data histórica relevante, terá contornos poucos visíveis.
Esta moeda, de prata, recorda a data em que, do regime monárquico, passámos a viver numa Republica. Será que Passos Coelho acha que não foi importante?
Que devo fazer à moeda enquanto símbolo? Boto-a fora? Para o lixo? Ou guardo-a à espera que, numa nova democracia, os responsáveis politicos saibam - porque é de saber que se trata - que na vida dos povos há datas indeléveis?
Nem que fosse em ouro me deixaria influenciar pelo hediondo anúncio - que o governo não cala - que promove a venda do precioso metal pelas pessoas em dificuldades, para depois ser exportado com reflexos nas estatísticas da balança de pagamentos.
Devemos renegar a implantação da República que custou vidas?
Se vivessemos numa democracia normal, o povo sairia à rua para festejar e celebrar a sua liberdade civica e social, sabendo que os governos têm a duração limitada.
Passos Coelho, ao acabar com o feriado do 5 de Outubro, um dia histórico, mostra claramente que a pretensão é que o evento não seja lembrado pelo povo.
Passos Coelho é que não ficará na história.
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