Hoje volto à Serra da Peneda, no Alto Minho. Um dia de Sol em 1993.
Passados 20 anos, talvez lá viva, ainda, este fotógrafo ambulante que apanhei de costas quando fazia uma pausa à espera de clientes.
Quando o fotógrafo ambulante aparecia, de tripé e máquina ao ombro, com o balde que lhe dava apoio técnico para as revelações, aguçava-nos a curiosidade.
No expositor, curiosas fotos chamavam a atenção: belas jovens em fato de banho, casais apaixonados, famílias ou um simples retrato de militar.
Figura presente nas nossas praias e jardins, entre um banho no líquido ácido que transportava e o abanar que se seguia para secar, apareciam os nossos rostos para que, num dia distante, até duvidassemos de termos sido nós.
Esta a imagem que o fotógrafo ambulante nunca captou: a dele próprio, num ambiente de calma, conversando, uma venda de produtos agrícolas da nossa terra, uma vendedeira a preceito.
Que contraste com tudo o que hoje nos envolve.
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