SINTRA: DESENVOLVIMENTO (IN) SUSTENTÁVEL…
Há anos que os sintrenses são “mimados” com as mais fogosas (ou fugidias?) palavras. Cansa tanto de “desenvolvimento”, de “parcerias”, “protocolos”, “Edenes” e até de “elan”, sem que o concelho evolua para os patamares prometidos.
Razoavelmente, uma das maiores preocupações dos autarcas de Sintra, muito antes dos futebóis e da publicidade virtual, deveria ser o desemprego, cujos números oficiais – sempre inferiores aos reais – não deixam de subir.
Sintra, sendo o terceiro município com mais desempregados depois de Lisboa e Vila Nova de Gaia, justificaria um pelouro específico que incentivasse e agilizasse a instalação de empresas de média e grande dimensão.
Entre Dezembro de 2007 e Janeiro de 2011 os inscritos no desemprego aumentaram 36,99%, com 13.237 contra 18.134, sendo 9.170 mulheres e 8.964 homens.
Em Janeiro deste ano, o grupo etário entre os 35 e 54 anos representava o maior número de desempregados (9.369), seguindo-se o grupo entre 25 e 34 anos (4.227). O grupo com menos de 25 anos registava 1.491 jovens à procura de emprego.
Para se compreender o desemprego em Sintra, diga-se que – com menos de um ano nessa situação – existiam 6.986 pessoas em 2007, passando para 10.480 em 2011.
Diga-se, ainda, que os mais penalizados são os que têm maior escolaridade. Com efeito, os desempregados com 3º. Ciclo EB, Ensino Secundário e Superior, somam 10.872. Com menos habilitações há menos desempregados: - com <1º. Ciclo, 1º. e 2º. Ciclos EB, registam-se 7.262.
Finalmente, em Janeiro de 2011 estavam desempregadas em Sintra 1.358 pessoas com Curso Superior, contra 1.047 em Dezembro de 2007.
Em síntese, o facto de desempregados com maiores habilitações não terem espaço para exercer as suas capacidades, enquanto que os menos qualificados apresentam um número muito baixo de desemprego (611 em Janeiro de 2011), é indicador credível do tipo e qualidade empresarial existente no concelho de Sintra.
Este é o panorama do “desenvolvimento sustentável” que amiúde é repescado pelos responsáveis autárquicos, conforme os planos de imagem que pretendam gerir.
Como estamos a apreciar dados recentes, no meio da propaganda o que ressalta é o marasmo a que o concelho chegou.
Verdadeiramente insustentável.
Fernando Castelo
Há anos que os sintrenses são “mimados” com as mais fogosas (ou fugidias?) palavras. Cansa tanto de “desenvolvimento”, de “parcerias”, “protocolos”, “Edenes” e até de “elan”, sem que o concelho evolua para os patamares prometidos.
Razoavelmente, uma das maiores preocupações dos autarcas de Sintra, muito antes dos futebóis e da publicidade virtual, deveria ser o desemprego, cujos números oficiais – sempre inferiores aos reais – não deixam de subir.
Sintra, sendo o terceiro município com mais desempregados depois de Lisboa e Vila Nova de Gaia, justificaria um pelouro específico que incentivasse e agilizasse a instalação de empresas de média e grande dimensão.
Entre Dezembro de 2007 e Janeiro de 2011 os inscritos no desemprego aumentaram 36,99%, com 13.237 contra 18.134, sendo 9.170 mulheres e 8.964 homens.
Em Janeiro deste ano, o grupo etário entre os 35 e 54 anos representava o maior número de desempregados (9.369), seguindo-se o grupo entre 25 e 34 anos (4.227). O grupo com menos de 25 anos registava 1.491 jovens à procura de emprego.
Para se compreender o desemprego em Sintra, diga-se que – com menos de um ano nessa situação – existiam 6.986 pessoas em 2007, passando para 10.480 em 2011.
Diga-se, ainda, que os mais penalizados são os que têm maior escolaridade. Com efeito, os desempregados com 3º. Ciclo EB, Ensino Secundário e Superior, somam 10.872. Com menos habilitações há menos desempregados: - com <1º. Ciclo, 1º. e 2º. Ciclos EB, registam-se 7.262.
Finalmente, em Janeiro de 2011 estavam desempregadas em Sintra 1.358 pessoas com Curso Superior, contra 1.047 em Dezembro de 2007.
Em síntese, o facto de desempregados com maiores habilitações não terem espaço para exercer as suas capacidades, enquanto que os menos qualificados apresentam um número muito baixo de desemprego (611 em Janeiro de 2011), é indicador credível do tipo e qualidade empresarial existente no concelho de Sintra.
Este é o panorama do “desenvolvimento sustentável” que amiúde é repescado pelos responsáveis autárquicos, conforme os planos de imagem que pretendam gerir.
Como estamos a apreciar dados recentes, no meio da propaganda o que ressalta é o marasmo a que o concelho chegou.
Verdadeiramente insustentável.
Fernando Castelo
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