Curvarmo-nos aos que se julgam poderosos, em vez de respeito gera enxovalhos.
Sempre que o Primeiro-Ministro diz qualquer coisa, olho sempre em redor para confirmar se não anda mosca por perto. Criei esse hábito…pois quando diz algo doirado, salta o medo pelo que virá a seguir.
Passo Coelho tem estado longe das qualidades exigíveis a quem governe um País. Diz coisas pouco consentâneas com o que seria expectável num político, promovendo incertezas sobre a vida de um povo.
Seria estultícia a citação das várias mentiras eleitorais a que deu ares de verdade.
Um Primeiro-Ministro está obrigado a prevenir a boa imagem dos portugueses.
Respeitar os habitantes deste País e a sua gloriosa história é o mínimo que se pode exigir a um Primeiro-Ministro. E a uns tantos que o rodeiam.
A ligeireza, para não dizer falta de senso, com que Passos Coelho sugeriu a professores que abalassem para o estrangeiro em busca do que por cá não lhes procura satisfazer, é uma ignóbil e inadmissível provocação social.
As respostas, tão rápidas, ofenderam-nos a todos: O Governo brasileiro (Dilma Rousseff esquecida do que por cá disse em Março) respondeu que não estava “importando” professores. Angola que garantia colocação e futuro mas aos seus.
A inabilidade do Senhor Passos Coelho, talvez a simbiose de curvaturas perante políticos estrangeiros com o estilo pseudo desenvolto e bem penteadinho, tê-lo-á convencido de que – à falta de empenho nas soluções internas do País – seriam os lá de fora a criar postos de trabalho e a desenvolverem a (nossa) economia.
Passos Coelho definiu a classe média e os reformados como os estratos sociais a abater – e conseguiu-o – fazendo inverter a pirâmide a favor dos que acumulam subsídios, isenções e fugas aos impostos e ao trabalho.
O PM abre-nos a cova e ainda nos ameaça em cada dia com piores condições de vida, aplicando medidas de desigualdade sobre quem trabalha e produz.
Não admira que, perante práticas de índole caridosa em vez de postos de trabalho, o regime se vá agravando para níveis altamente preocupantes.
Por reflexo das (más) políticas seguidas, a perseguição à classe média leva-a a restrições responsáveis na natalidade, desequilibrando o aspecto demográfico, já que não tem correspondência nos que são mantidos com os sacrifícios da classe média.
Está o Senhor Primeiro-Ministro a dar passos muito perigosos para o nosso futuro colectivo, porque aos enxovalhos da sua governação não correspondem medidas para responsabilizar quem ganhou e contribuiu para a crise actual.
Que ousadia a de Passos Coelho aparecer agora a falar em “sociedade de confiança” quando foi precisamente ele que a quebrou ao desrespeitar o que – para captar votos – prometeu em campanha aos portugueses.
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