terça-feira, 11 de dezembro de 2018

SINTRA...RECORDAR O MUSEU DO BRINQUEDO...


Esta imagem fará sempre parte da vida de crianças e, em 31 de Agosto de 2014, encerrou por invocadas incapacidades camarárias em poder apoiar o Museu.

Parecia - era essa a palavra de ordem - que a Câmara Municipal não podia isto...não podia aquilo...impedida de apoiar, era privado, tudo problemas para o apoio.

Pouco tempo depois, a Câmara Municipal de Sintra já podia apoiar o News Museum, cedendo-lhe o imóvel por 20 anos e não se sabe bem se mais alguma coisa.

Passado tempo, a mesma Câmara já podia construir uma Pousada da Juventude cuja propriedade é - em cada pedra colocada - das Infraestruturas de Portugal.

Arrendar um terreno, no primeiro ano a 10.000 euros por mês, para estacionamentos, sem que - praticamente - lá estivessem carros, não impediu lucros de terceiros.     

O Museu do Brinquedo é que não. A falta de cultura dos decisores não era motivo suficiente. Alguém já contaria com tal espaço...ou um problema de ancianidade.

E fechou, as crianças que se deliciavam com os seus cerca de 60.000 brinquedos que fossem para as superfícies comerciais, o Museu do Brinquedo era incómodo.

Hoje, pelos vários exemplos, nada nos tira a convicção de que, pelo menos, foi uma injusta maldade para com as crianças da nossa terra, do nosso País.

Vamos rever brinquedos 

Nas nossas deambulações por Munique, vamos frequentemente ao Museu do Brinquedo,  instalado em parte da antiga Câmara Municipal (Altes Rathaus).

Dá-nos alegria ver as crianças a apontar brinquedos com os quais nunca brincaram, a conhecerem o mundo dos seus pais e avós e como eles passavam o tempo.

As nossas salas de aula, carteiras com mais de um aluno, a respeitável Professora

A Banda Militar 

Animais e carros em folha..

Um tuk-tuk daquele época

O histórico "carro da bomba" com escada...ou

O carrossel de corda...

Reprodução de uma cozinha antiga

Finalmente uma peça de corda, muito antiga...igual a uma que tenho no meu museu familiar.

Passamos felizes estes momentos de convívio com os objectos do mundo em que fomos crianças, uma situação que não é para todos, porque recordar é Cultura.

O Museu do Brinquedo de Sintra ter encerrado foi uma perda irreparável.

O meu Amigo Friedrich, sábio de meia idade e coleccionador de pedras, dizia-me há dias: "Onde tenho mais calhaus para escolher é na política".


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