quinta-feira, 16 de agosto de 2018

SINTRA E OS "SAPOS" DA NOSSA VIDA COLECTIVA...

Há uns tempos, numa floresta distante, alguém nos gritou para não nos aproximarmos de um sapo quase do tamanho da mão, silencioso, pachorrento, sem beleza, mas espécie perigosa à semelhança de alguns intervenientes na vida pública.

Não estamos a usar subterfúgios, O sapo era repugnante...e perigoso. Ei-lo.


Quantas vezes, por razões várias, imaginamos alguns sapos que se introduzem no Poder Local, dito de proximidade para sobreviverem, aproveitando o tempo e o cargo para o direito à reforma, sem gestos de vulto e, quantas vezes, com dependência.

Sapos destes, instalados em cadeiras autárquicas ou de administração, incham desmesuradamente, sem carisma que lhes aumente a capacidade de discernir, porque o mundo à sua volta é demasiado complexo para a sua visão.

Assim vemos o que não deveríamos ver, confrontamo-nos com problemas facilmente resolúveis mas de incapacidade militante, até, em cada acto mais pesado, aumentarem as carências de recurso à fonte onde bebem a sapiência das respostas. 

Estaremos, então, perante mais analfabetos da política do que políticos capazes de decidirem por si só e saberem enquadrar-se nas suas obrigações de gestão do território, sem mandantes, porque as fontes do pensamento nem sempre jorram.

Acabados de chegar a Sintra, o pobreza de um e-mail que nos aguardava fez-nos recordar o perigoso sapo que mostramos, não pela esperteza saloia do seu conteúdo, mas pelo pretenso sapo que - por carência política - julgariam que iríamos engolir.   

Foi um deplorável trabalho de sapa, por quem nunca terá visto um sapo fumar.


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