"O concelho não é só a vila histórica, património mundial, mas também é onde as pessoas vivem"
A frase consta de uma entrevista feita ao Presidente da Câmara de Sintra (Económico de 22 de Janeiro deste ano.) No Facebook logo surgiram "Parabéns". Valeu por obra.
De qualquer forma, poderá ajudar a compreender algumas feias imagens no Centro Histórico onde são poucos os votos, mas onde está o prestigio de Sintra.
Como se no Centro Histórico não vivessem sintrenses que fazem parte do mesmo Município que os outros, partilhando Parques, Palácios e direitos.
Meditamos na confusão criada, capaz de introduzir ideias erradas sobre a Vila de Sintra que tem a área de 62,270 quilómetros quadrados e um Centro Histórico lá dentro.
Ora, "Mas também é onde as pessoas vivem" pode levar a que, por ignorância, se pense que na que chamam "vila histórica", não vivem pessoas, as quais viverão fora dela.
Não acreditamos que, com a frase, haja a pretensão de desviar as atenções do Centro Histórico onde se arrastam alguns problemas e aumentam outros.
Cada vez mais devassado por espécies motorizadas (quem controla a segurança dos visitantes?); venda ambulante de turismo; concentração de viaturas e poluição.
Não estamos a citar questões despicientes. Exigem medidas urgentes por contrariarem as regras de protecção do Património Histórico, colidindo com o prestígio de Sintra.
A aparente mensagem subliminar, focalizada "onde as pessoas vivem", parece fugir ao todo sintrense, dividindo-os injustamente, quando a época de votos ainda vem longe...
Não duvidando da bondade das intenções do Presidente Camarário, somos levados a crer que nem sempre alguns conselheiros transmitirão os dados mais fidedignos.
Imagens promocionais de Sintra
Com foral desde 1154, o Centro Histórico é intrínseco às referências a Sintra e à sua imagem interna e externa, constituindo património distinguido pela UNESCO.
Temos, no mínimo, uma frase desajustada, se levados a pensar que no Centro Histórico (a que pretensamente se estará chamando "vila histórica") não viverão pessoas.
A menos que se esteja programando alguma fantástica campanha para zonas densamente povoadas e carentes, onde o acenar de Projectos...faça levantar multidões.
Há sinceridade nisso?
As aparentes preocupações com "onde as pessoas vivem" serão assim tão profundas?
Tem sido incrementado junto dos munícipes o conhecimento de Sintra, sua história e património, sabendo-se que a esmagadora se desloca e faz vida em sentido oposto?
Que tem feito a Câmara Municipal, além de cobrar impostos, para trazer ao Centro Histórico as populações mais distantes, sem transportes rápidos e adequados?
Nas ditas "Presidências Abertas" prevê-se repartir pelas freguesias, com equidade, os lugares vagos para muitos espectáculos, entre eles os do Olga de Cadaval?
Em nome da transparência, como se distribuem bilhetes "não pagos"? Ficam na Câmara? Para quem? Para espectadores frequentes? Há gratuitidades preferenciais?
Em Cultura da Juventude, a Câmara - accionista da Parques de Sintra - que tem feito para que jovens entre os 6 e 17 anos entrem gratuitamente nos Parques e Palácios?
Em 11 de Dezembro do anos passado, falávamos aqui dos 800 bilhetes a disponibilizar pela Parques de Sintra. A confirmar-se, como tem sido feita a sua distribuição?
Com tanta coisa por resolver (não se pergunte pelo que foi feito nos últimos 12 anos...) melhor seria contenção nas exuberâncias pelo excesso de entusiasmos.
As palavras dos politicos, no quadro em que são proferidas, exigem sempre uma grande clareza, para que não se prestem a leituras ambíguas que possam ser perniciosas.
No actual quadro, o Concelho de Sintra é indivisível, com ou sem votos.
Precisa, antes de tudo, de um sintrense que nos oiça, que não julgue possuir a verdade absoluta e considere quem possa discordar mas dê sugestões válidas.
Sintra precisa de um Sintrense a geri-la, com amor à terra.
De qualquer forma, poderá ajudar a compreender algumas feias imagens no Centro Histórico onde são poucos os votos, mas onde está o prestigio de Sintra.
Como se no Centro Histórico não vivessem sintrenses que fazem parte do mesmo Município que os outros, partilhando Parques, Palácios e direitos.
Meditamos na confusão criada, capaz de introduzir ideias erradas sobre a Vila de Sintra que tem a área de 62,270 quilómetros quadrados e um Centro Histórico lá dentro.
Um Centro Histórico da UNESCO bem poluído e sem respeito pelo espírito do lugar
Ora, "Mas também é onde as pessoas vivem" pode levar a que, por ignorância, se pense que na que chamam "vila histórica", não vivem pessoas, as quais viverão fora dela.
Não acreditamos que, com a frase, haja a pretensão de desviar as atenções do Centro Histórico onde se arrastam alguns problemas e aumentam outros.
Um Centro Histórico da UNESCO
Cada vez mais devassado por espécies motorizadas (quem controla a segurança dos visitantes?); venda ambulante de turismo; concentração de viaturas e poluição.
Não estamos a citar questões despicientes. Exigem medidas urgentes por contrariarem as regras de protecção do Património Histórico, colidindo com o prestígio de Sintra.
A aparente mensagem subliminar, focalizada "onde as pessoas vivem", parece fugir ao todo sintrense, dividindo-os injustamente, quando a época de votos ainda vem longe...
Não duvidando da bondade das intenções do Presidente Camarário, somos levados a crer que nem sempre alguns conselheiros transmitirão os dados mais fidedignos.
Imagens promocionais de Sintra
Com foral desde 1154, o Centro Histórico é intrínseco às referências a Sintra e à sua imagem interna e externa, constituindo património distinguido pela UNESCO.
Temos, no mínimo, uma frase desajustada, se levados a pensar que no Centro Histórico (a que pretensamente se estará chamando "vila histórica") não viverão pessoas.
A menos que se esteja programando alguma fantástica campanha para zonas densamente povoadas e carentes, onde o acenar de Projectos...faça levantar multidões.
Há sinceridade nisso?
As aparentes preocupações com "onde as pessoas vivem" serão assim tão profundas?
Tem sido incrementado junto dos munícipes o conhecimento de Sintra, sua história e património, sabendo-se que a esmagadora se desloca e faz vida em sentido oposto?
Que tem feito a Câmara Municipal, além de cobrar impostos, para trazer ao Centro Histórico as populações mais distantes, sem transportes rápidos e adequados?
Nas ditas "Presidências Abertas" prevê-se repartir pelas freguesias, com equidade, os lugares vagos para muitos espectáculos, entre eles os do Olga de Cadaval?
Em nome da transparência, como se distribuem bilhetes "não pagos"? Ficam na Câmara? Para quem? Para espectadores frequentes? Há gratuitidades preferenciais?
Em Cultura da Juventude, a Câmara - accionista da Parques de Sintra - que tem feito para que jovens entre os 6 e 17 anos entrem gratuitamente nos Parques e Palácios?
Em 11 de Dezembro do anos passado, falávamos aqui dos 800 bilhetes a disponibilizar pela Parques de Sintra. A confirmar-se, como tem sido feita a sua distribuição?
Com tanta coisa por resolver (não se pergunte pelo que foi feito nos últimos 12 anos...) melhor seria contenção nas exuberâncias pelo excesso de entusiasmos.
As palavras dos politicos, no quadro em que são proferidas, exigem sempre uma grande clareza, para que não se prestem a leituras ambíguas que possam ser perniciosas.
No actual quadro, o Concelho de Sintra é indivisível, com ou sem votos.
Precisa, antes de tudo, de um sintrense que nos oiça, que não julgue possuir a verdade absoluta e considere quem possa discordar mas dê sugestões válidas.
Sintra precisa de um Sintrense a geri-la, com amor à terra.
3 comentários:
Tantas vezes tem surgido o alerta para esta situação caótica, mas os responsáveis entendem que assim é que está bem, continuam a brindar os turistas desta forma simpática. As ideias desde que não surjam dos gabinetes dos iluminados, não tem qualquer credibilidade.
Claro que um verdadeiro sintrense terá um outro apego à terra. Ainda acredito que um não sintrense adopte esta linda Vila como "sua". A questão fulcral está nos "compadrios" e poderes instituídos por aqueles que o rodeiam e andam por ali há anos. São sempre os mesmos, seja qual for a cor política. Na realidade os chamados caciques da vila continuam a mandar e como apresentam visão do início do século passado, em vez de evoluirmos com qualidade regredimos e forma anárquica. Tendo em conta o passado do actual Presidente e algumas situações a que tenho assistido nos últimos meses, parece-me que o senhor está a perder voz e poder. Fiz-me entender? MFonseca
Estimados visitantes António e MFonseca,
Muito obrigado pelas Vossas palavras. Permitam que dê especial destaqu a MFonseca. A Vila de Sintra, PATRIMÓNIO DA UNESCO, é, lamentavelmente, de meia dúzia de donos, que têm os seus negócios e pretendem ditar leis. Se os gestores da Câmara tivessem a mesma coragem que depois aplicam noutras situações, tudo se resolveria. Mas é melhor estar nas graças...o caso da estrutura do Hotel Central é exemplar.
DEpois há, nos políticos, quem viva disto.
É triste, mas um dia tudo irá ter uma volta.
Um abraço a ambos, bom fim de semana.
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