sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O CONFUSO TACHISMO NA VIDA AUTÁRQUICA...

Quando se aproximam eleições autárquicas, logo surgem figurinhas que, perdendo conceitos de seriedade, se aproximam do candidato que julgam vir a ganhar.
 
Imbuídos de entusiasmo forte, alheios a que a corrida aos lugares dá alimento à corrupção, pessoas que muito considerámos desfazem-se da confiança concedida.

Até há quem, entre dúvidas e prevenindo a incerteza do vencedor, surja a apoiar um e pisque o olho a outro, num investimento barato que pode ser premiado.

O candidato que quer votos a todo o custo, acena com bondades que nunca serão pagas de seu bolso. Esquece quando, poderoso, se vingava de quem o criticasse.

O outro, candidato a um lugarzito, entre assessor sem trabalho e administrador sem perfil, nem pensa na nódoa, desde que paga. Na feira dos princípios, vinga o preço.
 
Um terceiro lote, menos apercebível, busca benesses mais modestas e, de bandeira ao alto, publicita o poderoso, esquecendo-se  de desprezos anteriores.

Confrange o tachismo emergente, à luz do dia (ou da noite), que acaba por fundir na mesma peça de podridão política o candidato e os candidatos.

E mais nos desilude quem - devendo a um partido ter sido autarca - embora livre de novas opções, colabore no mau gosto de apresentar um adversário comendo qualquer coisa que, certamente, não foi paga com remuneração de assessor.
 
Defensor de um (ou uma) sintrense para a Câmara Municipal, não manifesto o meu apoio a nenhum candidato - SEI EM QUEM NÃO VOTO - mas o recurso a métodos eticamente menos aceitáveis, só desvaloriza os autores e prejudica o seu candidato.

Faço questão de salientar que, na minha opinião, o candidato não se identifica com tais práticas, competindo-lhe chamar a atenção aos seus directos apoiantes.


 

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