segunda-feira, 23 de setembro de 2013

FERNANDO SEARA E MARCO ALMEIDA, 12 ANOS EM SINTRA

INDEPENDENTE = "que goza de independência; que não está sujeito; autónomo" 

O artigo publicado em 13 de Maio de 2011 (que agora se republica) talvez possa ajudar ao estudo de especialistas sobre as dependências que se tornam independência de vocação eleitoral uns tempos antes das campanhas.

O pedaço ("Eu tenho a obrigação aqui de dizer que, por sua indicação (...)" destrói todas as veleidades de um candidato se desligar de 12 anos no poder dizendo-se "Independente" enquanto representou - até ao último dia - o Partido da eleição.

E quando se souber, oficialmente, das Contas e  Passivo Exigível da Câmara Municipal, pensemos em como se distribuíram milhões cujo efeito na qualidade de vida dos munícipes se diluiu como "cinza de um cigarro que se apaga". Dinheiro nosso...

Do artigo faz parte um vídeo que pode ver clicando aqui .

 "SEARA PASSA A PALAVRA ou O TESTEMUNHO? 

Se não estivéssemos perante eleitos para cargos na administração local, justificando respeitos bilaterais, seria levado a pensar que o vídeo abaixo sugerido não passava de uma peça de teatro, por sinal mal ensaiada.
 
O primeiro acto sugere a preparação da cena, que se inicia com a manifesta gratidão pelo “total apoio da nossa autarquia".
 
Fernando Seara entra de frente na imagem e diz “é com muito gosto que vim cá, mas vim cá a título particular. Quem representa a Câmara é o Sr. Vice-Presidente, portanto eu vou sair daqui e vou para o título particular" , seguindo-se a saída de cena.

Notam-se risos e alguém diz: "é uma situação assim um bocado...".

No acto seguinte, o Vice-Presidente saúda "o cidadão professor Fernando Seara que está aqui, claro que não está aqui como…apenas como cidadão, é o Presidente da Câmara" e, de forma laudatória, aborda a dedicação presidencial no campo social e em apoios financeiros: - "este ano, também com investimentos a concretizar na área desportiva...".
 
Aos 2m e 38s do vídeo, as palavras dirigem-se ao Presidente da Câmara que tinha dito ir sair dali, mas continuava a "título particular".
 
A apoteose surge aos 2 minutos e 51 segundos, quando o Vice-Presidente se dirige ao Presidente (que não tinha saído) e completa: - "Eu tenho a obrigação aqui de dizer que, por sua indicação, nos últimos três anos e meio a CMS quer em infra-estruturas próprias, como por exemplo o complexo desportivo da Educa que foi comprado e recuperado em cerca de 4.000.000 de euros, quer também em apoio a infra-estruturas desportivas dos clubes, já foram investidos por parte da Câmara Municipal de Sintra 8.500.000 euros”.
 
Caído o pano, pensei se o aludido “complexo desportivo da Educa” era o mesmo que justificou o pedido de empréstimo bancário de 4.800.000 euros e se chamava Fitares.
 
Se é o mesmo, terá sido mais barato? Se sim, onde foram aplicados os restantes 800.000 euros?
 
POLÍTICOS Á DERIVA com MILHÕES PARA DESPORTO
 
Fazendo fé nas palavras ditas, temos a desportiva aplicação de 8.500.000 euros durante os últimos três anos e meio, quando os mesmos autarcas salientavam - a partir de Maio de 2009, com eleições à vista - as dificuldades e abertura de 5 refeitórios escolares aos fins-de-semana, para responder às carências de alunos.
 
Aliás, em 13 de Julho de 2010, aquando da visita do Presidente da República a algumas escolas, Fernando Seara terá afirmado "que andou a rapar tudo o que era possível no orçamento da autarquia, para reforçar as verbas para a educação, isto é, para o apoio social (...)". E o Vice-Presidente esteve lá.
 
Para ajudar à imagem miserabilista que foi lançada sobre todo o concelho, no encerramento da IV Jornada do Roteiro das Comunidades Locais Inovadoras, Fernando Seara, na qualidade de Presidente da CM de Sintra afirmou:
 
"Sentimo-nos à deriva, objecto de medidas contraditórias que se vão sucedendo e destruindo, durando algumas menos do que a cinza de um cigarro que se apaga. Sentimo-nos carentes de horizontes e de rumo, inseguros e ansiosos".
 
Coisa estranha: - Por esta altura já os 8.500.000 euros andavam a ser distribuídos, sem cautelas de poupança nem a rapar o que quer que fosse.
 
São os tais mistérios sintrenses, mesmo que agora – passadas as eleições – já não se fale nas crianças carenciadas."
 
 
O endereço do vídeo sugerido:
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 


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