Domingo altamente motivador...
Às vezes, um agradecimento a Sua Excelência é, não só elegante, como - estamos certos - extremamente útil para mais ousadas decisões futuras.
Domingo, Centro Histórico, onde milhares de pessoas acorrem com entusiasmo impressionante, vendo-se autocarros sobre autocarros e pessoas saindo deles.
Despejados os visitantes - que logo ali começam a apreciar escapes e barulho - os autocarros vão à pesquisa de um lugar no Ramalhão até voltarem à Vila.
Perto de falsa vaca, uma jovem gritava ao telemóvel : Habemos Llegado", "que maravilla, tantos tuk-tuk"..."no gastaré dinero yendo a Malásia"..."que bueno es".
Era mesmo verdade, parados, num espaço onde pilaretes já eram, podia ver-se 6 desses motivos da alegria que a jovem transmitia a alguém no seu país.
Sua Excelência estava de parabéns, o Centro Histórico recuperava a anarquia anterior, a tal que justificou medidas musculadas de reordenamento de trânsito.
Pilaretes às centenas e onerosas câmaras (verdadeiros pacotes de tecnologia) de que não sabemos os fornecedores, eram não só dissuasores como disciplinadores.
Tudo digno de ser visto por Sua Excelência, admitindo-se que só por modéstia não aparece por essas bandas, evitando assim banhos da multidão agradecida.
A louvação do mérito ficará, da nossa parte, adiada, crentes de que noutra paragem qualquer alguém sentirá um forte impulso para o fazer, para exultar com o feito.
Quando o ..... compensa
Na Praça da República, fugindo de três tuk-tuks (um para não ser atropelado e dois em que o condutor me chamava em língua estranha) lembrei-me de Sua Excelência.
Lembro, amiúde, muito das boas acções, como a da manutenção da estrutura que o Central instalou em 19.12.2014 e se mantém na agressividade à história.
Lá se mantém, "aparafusada" à frontaria protegida pela Unesco e que qualquer "espírito do lugar" com vestes de "Conselheiro" explicaria com sentido Cultural.
Também frente ao Paris (diz-se que serve bons almoços) havia uma tília a que, coitadinha, nem os especialistas arbóreos viram como se lhe cortaram as águas.
A infeliz árvore, como se pode ver muito aconchegada para que a água não entrasse, acabou por morrer à míngua do líquido que a tornaria frondosa como as outras.
E agora? compensou o corte ou não? o respeito pelo lugar foi mantido ou desprezado? E Sua Excelência, figura maior de Sintra, não teria dado por nada?
Agora, naquele mesmo espaço, há vários chapéus, mesas com muitas cadeiras, solução adequada à ocupação de um espaço que era da árvore, da tília.
Que pena a defesa arbórea, uma ou outra figurinha do naipe louvador do tal Jardim Romântico, choradores da beleza do novo espaço, não terem visto a tília.
Finalmente o Obrigado
Neste espaço, será sempre de bom tom felicitar Sua Excelência pelos feitos, embora raras vezes tenhamos razões para o fazer, o que desgostará figuras próximas.
Antes, não resistimos a cautelas e passarmos rapidamente por este grupo parado em frente à Fonte do Plátano, tudo para fugirmos a escutar o que se explicava.
É que momentos antes, junto ao Pelourinho, um forjado guia que Sintra - destino histórico - tolera, dizia: "aqui eram executados ladrões e outros criminosos".
Aqui chegados, não poderemos olvidar que esta mensagem tinha por fim agradecer algo a Sua Excelência, algo de profundo significado e serviço público.
As instalações sanitárias do Parque de Liberdade estão a ser recuperadas.
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