"Mealheiro" com cancelas. Ao fundo, um edifício degradado...é municipal...
A Tabela de preços...onde quem trabalha em Sintra deixava os carros
Há quase 20 anos foram lançadas as primeiras pedras contra os munícipes de Sintra, acabando com o acesso de transportes públicos à zona da Estação da CP.
A derrota do PS nas eleições, levou a que no Executivo seguinte, com a Vereadora Guadalupe Gonçalves, as carreiras voltassem ao anterior terminal.
Mas o bichinho, o tal bichinho mau, não tendo sido devidamente expurgado, uns anos depois ressuscitou algumas das velhas restrições aos transportes públicos.
Com as alterações feitas a partir de 26 de Março de 2018 o processo para correr com os sintrenses da sua Vila foi nitidamente retomado.
A carreira 467 da Scotturb, a que mais munícipes da periferia levava à Estação da CP em Sintra, passou a terminar na Portela com incómodos e alternativas dúbias.
Quem utilizava autocarros que, pela Volta do Duche, acediam em poucos minutos à Vila Histórica, passou a andar a pé...ou a dar uma volta inconsequente e morosa.
De tão curta visão sobre acessibilidades por transportes públicos, foram os sintrenses vítimas quando têm de se deslocar ao Centro de Saúde ou à Vila Histórica.
Todavia, os decisores, pelos seus poderes, não precisam de transportes públicos e podem decidir contra os cidadãos...que suportam as suas viaturas com os impostos.
As medidas tomadas, tão desenquadradas, parecem ultrapassar a incompetência e tornar-se num objectivo maldoso contra quase todos a favor de alguns.
A animosidade sentida, de que se receia mais a incompetência, não evitou que surgissem louvações em escritos sem nexo, indutoras de vocações rastejantes.
Ter sido pensado já nos envergonha...posto em prática desta forma ainda é pior.
Trânsito a incapacidade para resolver problemas
É uma verdade que muitos políticos - há os que o não são e aqui saudamos - são propensos a contar com a bajulice travestida, cooptando facilmente os autores.
A cada asneira...uma louvação e, aqui ou ali, uma cenoura rosácea é bastante. Claro que, não havendo cenouras grátis, os comensais esperam umas papinhas de jeito.
O problema das acessibilidades (não resolvido e agravado) mistura-se com a obnóxia ânsia por moedas de estacionamento, oponível a viaturas longe da Vila Histórica.
Desde que paguem (a bom preço) os estacionamentos, todos os veículos (carros caravanas, tuk-tuks, jeeps e a mais diversificada oferta) são bem-vindos.
Ou seja, desde que bem pagos os estacionamentos...os ideólogos não se importam de carros...muitos carros...louvando os pilaretes que impedem os não pagos.
Regressando aos anos 2000 e 2001, praticamente só na Volta do Duche havia estacionamento PAGO, mas que não era pago aos Domingos (e Sábados?).
Quem agora decidiu acabar com transportes públicos até à estação da CP, usa a mesma filosofia que colou a faixa branca (que se vê no sinal) de "Todos os dias".
A vida evolui e muito tempo nas cadeiras do poder cria calosidades improdutivas de que os cidadãos são vítimas indefesas, pese a contestação que seja feita.
É por isso que, a indispensável criação de locais de estacionamento acessível, próximos de transportes e das Estruturas Públicas de Serviços e Saúde, tem falhado.
Daí que, ao tempo que por cá anda, já devesse ter encontrado soluções em silos com elevada ou média capacidade, em vez de distantes terrenos alugados.
A invenção da Cavaleira - estranha alternativa, não achará? - não resolveu um só problema do dia a dia dos sintrenses, mas teve quem encaixasse elevada renda.
Indiferença pela má cobertura dos transportes públicos
Desafiamos o Sr. Presidente da Câmara a não viajar no Mercedes claro, de vidros fumados na parte posterior e utilizar transportes públicos durante uma semana.
Se vestir a pele dos utentes, compreenderá - mesmo que não seja logo - porque há recurso a tantas viaturas como solução para se chegar aos destinos.
A cobertura do território é limitada, os custos são elevados, a fiabilidade nos horários é nula e o conforto nas viagens deixam muito a desejar.
Compreenderá o que é sair de casa antes das 7,00 horas para chegar ao trabalho às 9,00 ou sair às 16,30 por exemplo, para chegar a casa depois das 18 horas.
São as más políticas de Sua Excelência, mais preocupado com moedinhas e muitos "Conselhos", do que responder às necessidades de transporte das pessoas.
O que se tem passado em Sintra - e está a passar-se - é demasiado grave para que não se apontem as responsabilidades aos políticos que assim procedem.
Se era "#este o caminho" prometido o falhanço é nítido em todas as vertentes.
SINTRA não merece tais políticos.
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