segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

SINTRA: SINTRENSES...OU PAGAM OU CORRIDOS DE SINTRA


"Mealheiro" com cancelas. Ao fundo, um edifício degradado...é municipal...

A Tabela de preços...onde quem trabalha em Sintra deixava os carros

Vítimas da incompetência ou políticos da má vontade?

Há quase 20 anos foram lançadas as primeiras pedras contra os munícipes de Sintra, acabando com o acesso de transportes públicos à zona da Estação da CP.

A derrota do PS nas eleições, levou a que no Executivo seguinte, com a Vereadora Guadalupe Gonçalves, as carreiras voltassem ao anterior terminal.

Mas o bichinho, o tal bichinho mau, não tendo sido devidamente expurgado, uns anos depois ressuscitou algumas das velhas restrições aos transportes públicos.

Com as alterações feitas a partir de 26 de Março de 2018 o processo para correr com os sintrenses da sua Vila foi nitidamente retomado.

A carreira 467 da Scotturb, a que mais munícipes da periferia levava à Estação da CP em Sintra, passou a terminar na Portela com incómodos e alternativas dúbias.

Quem utilizava autocarros que, pela Volta do Duche, acediam em poucos minutos à Vila Histórica, passou a andar a pé...ou a dar uma volta inconsequente e morosa.

De tão curta visão sobre acessibilidades por transportes públicos, foram os sintrenses vítimas quando têm de se deslocar ao Centro de Saúde ou à Vila Histórica.

Todavia, os decisores, pelos seus poderes, não precisam de transportes públicos e podem decidir contra os cidadãos...que suportam as suas viaturas com os impostos.

As medidas tomadas, tão desenquadradas, parecem ultrapassar a incompetência e tornar-se num objectivo maldoso contra quase todos a favor de alguns.

A animosidade sentida, de que se receia mais a incompetência, não evitou que surgissem louvações em escritos sem nexo, indutoras de vocações rastejantes.

Ter sido pensado já nos envergonha...posto em prática desta forma ainda é pior.

Trânsito a incapacidade para resolver problemas

É uma verdade que muitos políticos - há os que o não são e aqui saudamos - são propensos a contar com a bajulice travestida, cooptando facilmente os autores.

A cada asneira...uma louvação e, aqui ou ali, uma cenoura rosácea é bastante. Claro que, não havendo cenouras grátis, os comensais esperam umas papinhas de jeito.

O problema das acessibilidades (não resolvido e agravado) mistura-se com a obnóxia ânsia por moedas de estacionamento, oponível a viaturas longe da Vila Histórica.

Desde que paguem (a bom preço) os estacionamentos, todos os veículos (carros caravanas, tuk-tuks, jeeps e a mais diversificada oferta) são bem-vindos.

Ou seja, desde que bem pagos os estacionamentos...os ideólogos não se importam de carros...muitos carros...louvando os pilaretes que impedem os não pagos. 


Regressando aos anos 2000 e 2001, praticamente só na Volta do Duche havia estacionamento PAGO, mas que não era pago aos Domingos (e Sábados?).

Quem agora decidiu acabar com transportes públicos até à estação da CP,  usa a mesma filosofia que colou a faixa branca (que se vê no sinal) de "Todos os dias".

A vida evolui e muito tempo nas cadeiras do poder cria calosidades improdutivas de que os cidadãos são vítimas indefesas, pese a contestação que seja feita.

É por isso que, a indispensável criação de locais de estacionamento acessível, próximos de transportes e das Estruturas Públicas de Serviços e Saúde, tem falhado.

Daí que, ao tempo que por cá anda, já devesse ter encontrado soluções em silos com elevada ou média capacidade, em vez de distantes terrenos alugados.

A invenção da Cavaleira - estranha alternativa, não achará? - não resolveu um só problema do dia a dia dos sintrenses, mas teve quem encaixasse elevada renda.

Indiferença pela má cobertura dos transportes públicos

Desafiamos o Sr. Presidente da Câmara a não viajar no Mercedes claro, de vidros fumados na parte posterior e utilizar transportes públicos durante uma semana.

Se vestir a pele dos utentes, compreenderá - mesmo que não seja logo - porque há recurso a tantas viaturas como solução para se chegar aos destinos.

A cobertura do território é limitada, os custos são elevados, a fiabilidade nos horários é nula e o conforto nas viagens deixam muito a desejar.

Compreenderá o que é sair de casa antes das 7,00 horas para chegar ao trabalho às 9,00 ou sair às 16,30 por exemplo, para chegar a casa depois das 18 horas. 

São as más políticas de Sua Excelência, mais preocupado com moedinhas e muitos "Conselhos", do que responder às necessidades de transporte das pessoas.

O que se tem passado em Sintra - e está a passar-se - é demasiado grave para que não se apontem as responsabilidades aos políticos que assim procedem.

Se era "#este o caminho" prometido o falhanço é nítido em todas as vertentes.

SINTRA não merece tais políticos.


Sem comentários: