quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

SINTRA: DICOTOMIA ENTRE IGNORÂNCIA E MÁ CONSCIÊNCIA?

Antes de mais devemos dizer do gosto que temos pelo sinal naquele sítio, bem visível e até bonito para quem não saiba da história recente que arrumou as freguesias.

Tem uma respeitável presença, que invejamos por não encontrarmos da nossa saudosa freguesia de S. Pedro de Penaferrim o mesmo destaque. 

Está fora do contexto, mas está lá. Talvez até lá esteja pela vergonha de alguém o mandar retirar. Talvez alguém - para uns votos - o queira conservar para o futuro.

Em Sintra temos, nos últimos tempos, visto de quase tudo. Mas é um espinho cravado em políticos para quem a cepa torta se sobrepõe às boas acções. 


Pensemos porque razão um qualquer passeante diário de frente e de costas, ainda não confidenciou  a Sua Excelência (com dia e hora) que a freguesia não existe.

Sua Excelência merece que o ensinem sobre estas coisas que conheceria se fizesse a Volta do Duche a pé para conhecer, como devia, o território.

Por azar - há sempre um azar à volta das figuras politicas fantásticas - Sua Excelência passando no local de carro, face ao sentido de trânsito, faria um torcicolo.

Será um caso de má consciência?

Coloca-se-nos a dúvida, que pode relacionar-se com a consciência politica de quem, contra os interesses dos habitantes, fundiu três freguesias numa (má) União.

Por isso se silenciam, sabedores do que se passou, conscientes de que as populações foram lesadas ao criar-se uma freguesia monstruosa, maior que Oeiras.

Ninguém quer assumir a remoção daquele sinal, porque nenhum partido quer ser visto a retirar um padrão do Poder Local que foi vítima de conluios inaceitáveis. 

Está lá. Enquanto estiver apenas envergonha interiormente quem o decidiu. 

Ao retirá-lo ficava a marca sobre a entidade que o fizesse. 


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