Respeitar a História, uma questão Cultural
Sintra, como é possível?
Sintra, como é possível?
Podem vestir-se os mais belos trajes para suportar a sapiência cultural, mas passar ao lado das agressões e silenciar só pode ter um nome: oportunismo intencional.
Quem passe pelos locais todos os dias - há anos - sem manifestar publicamente o desagrado pela incapacidade camarária em defender o Centro Histórico, conluia-se.
Este tapume já "merecia" uma inscrição alusiva aos responsáveis...
É lamentável que se pactue com este tapume há quase uma dezena de anos, se mantenha servil em relação às obrigações camarárias para a defesa do Património.
Envergonhará qualquer arauto da cultura que na fachada do Hotel Central (património protegido) se mantenha a estrutura montada em Dezembro de 2014.
Como se "respeitou" o Património Classificado...ao longo de 20 metros
Como é possível que algum sintrense amigo da sua história aceite silenciosamente esta agressão aos azulejos protegidos e se silencie perante o mau exemplo cultural?
Por perto, quer no Parque da Liberdade quer no dos Castanheiros, continuam a ver-se as terríveis marcas de abandono e despreocupação pela sua conservação.
Na parte superior do Parque da Liberdade
Escadinhas do Hospital, uma "imagem de marca" dos autarcas
Estes são exemplos de que a honra pela atribuição da Classificação de Património da Unesco pouco diz a responsáveis e putativos aduladores da gestão praticada.
Saberão porquê...
Angra do Heroísmo, exemplar
A manutenção e conservação da zona Histórica Classificada pela Unesco alarga-se a toda a cidade, tudo limpo, disponível, numa exemplar gestão Autárquica.
Desde o Jardim Duque da Terceira ao Palácio dos Capitães Generais tudo se apresenta com dignidade e muito respeito merecem residentes e visitantes.
Na primeira foto, mostrámos aquele vergonhoso tapume que não parece incomodar os responsáveis e seus apoiantes. Vejamos o que foi feito em Angra:
Edifício da antiga pensão Lisboa, que estava em ruínas
Toda a frontaria do edifício e sua janelas foi tapada com painéis, permitindo eliminar o aspecto condenável das ruínas. Os visitantes apreciam a feliz iniciativa.
Em duas fases de um mesmo vídeo, mostraremos como está conservado o Jardim Municipal de Angra do Heroísmo (Jardim Duque de Terceira):
O belo edifício do Município, inaugurado em 1866, foi construído de raiz para esse fim, fazendo parte do seu recheio muitas peças artísticas de elevado valor.
Angra do Heroísmo, fortemente municipalista, honra-se ainda de ter sido a primeira Câmara eleita após a reforma constitucionalista de 1830.
Não poderíamos deixar de mostrar os belos vitrais que estão na escadaria interior.
Também a sala de reuniões do Executivo empresta a dignidade do Órgão.
Belas ruas, limpas, cuidadas, com todos os pormenores de respeito pelo Património que faz parte da Unesco, são exemplos para muitos autarcas de ocasião.
Uma panorâmica tirada do Palácio dos Capitães Generais
Pormenor de iluminação pública
O gosto pelo local onde se vive
É disto que as populações gostam, de quem viva o amor pelas suas terras, pela sua história, pelo bem estar colectivo e, acima de tudo, as respeite condignamente.
Este é o Poder Local saído de Abril, onde os autarcas (com A grande) não precisam de se apresentar de cravo vermelho ao peito em 1/365 avos de um ano.
Não valerá a pena dizer-se mais nada...está tudo dito.
Votos de um Bom Domingo.
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