quarta-feira, 15 de novembro de 2017

SINTRA: SR. PRESIDENTE, COMO ESTAMOS DE HOTEL NETTO?

Quando em Novembro de 2013 a Câmara Municipal de Sintra se preparou para adquirir as ruínas do Hotel Netto, falava-se na "sua transformação num hostel dirigido essencialmente à juventude"...criando naturais expectativas.  

Pelos ditos, sonhava-se com a recuperação do Património Histórico, enriquecendo a Autarquia, isto é, os Munícipes, que ao investirem com ele se valorizavam. 
  
(Não era o mesmo que demolir casas degradadas para "investir" numa Pousada da Juventude que se tornará propriedade de entidade alheia ao Município)

Surpreendeu que, em Março de 2016, depois de tanto palavreado sobre a História do velho Netto, a Câmara o revendesse em hasta pública...com um único ofertante. 

A venda tinha incentivos: Milhão de euros como base, incluía as "peças processuais de arquitectura e especialidades elaboradas e aprovadas pelo Município".

Eram omissos os custos suportados pelo Município com projectos de arquitectura, electricidade, gás, arquitectura paisagística, estruturas, águas, águas residuais e pluviais, telecomunicações, acústica, pareceres técnicos e por aí fora.       

O Plano de pagamentos viria a ser à la longue após os iniciais 20 por cento...


Disse Basílio Horta, Presidente da Câmara

"A Câmara Municipal não tem habilidade para gerir uma unidade hoteleira, não é esse o seu trabalho", palavras que justificavam a venda das ruínas do Hotel Netto. 

Meditamos se, com a Pousada da Juventude de Sintra, construída em/e para se tornar Património das Infraestruturas de Portugal, a Câmara se tornou hábil. 

Que Serviços da Câmara acompanham a obra do Netto?

Certamente que, num negócio destes, com a sensibilidade da recuperação e do local, foi logo destinada uma equipa técnica altamente especializada para a seguir.

Todavia, há mais de um mês que a recuperação não parece evoluir segundo um Plano para possibilitar que a Câmara Municipal receba as "tranches" do pagamento. 


Ora, ninguém observa - por exemplo - este AVISO, e a falta de dados bem visíveis como parece ser exigível em obras devidamente licenciadas e em curso?

Uma verdadeira cratera

A imagem acima não constitui qualquer exclusivo nosso, podendo ser observada por qualquer pessoa, disponível pois para os técnicos camarários responsáveis.

Na verdade, se a Obra não se aproximar da sua conclusão, mais se dilata o prazo para o pagamento da dívida, segundo o plano acima mostrado. 

Haverá entraves? Da parte de quem? Haverá qualquer outra razão?

O Senhor Presidente tem de providenciar para que tudo o que foi negociado seja cumprido, porque há interesses da Câmara Municipal de Sintra em jogo.

Terá sido um assim tão bom negócio?




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