De vez em quando, com o pretexto da religião que consiste em ir comer um pastel de bacalhau na Casa Chineza, temos desejos de subir o Chiado para viver saudades.
Sucede...queremos dizer muitas coisas...mas as palavras ficam-nos na garganta, incapazes de saírem, fazemos um esforço, e em vez de palavras saem lágrimas.
Sucede...queremos dizer muitas coisas...mas as palavras ficam-nos na garganta, incapazes de saírem, fazemos um esforço, e em vez de palavras saem lágrimas.
Pensamos fazer um roteiro da Vida, o que foi para nós o Velho Chiado. O que representaram para nós certos edifícios e locais, mas apenas vemos a saudade.
Aqui era o Eduardo Martins
O Eduardo Martins era um dos grandes armazéns de referência. entrava-se pelas Rua Garrett e Rua Nova do Almada, encontrando-se as mais variadas ofertas.
Aqui era a Casa José Alexandre
Frente ao Eduardo Martins, esquina com a Calçada do Sacramento, era a Casa José Alexandre, sempre com as últimas novidades para a Casa, desde os mais finas cristais a talheres e à mais fina baixela.
"Ao Último Figurino"
No "Ao Último Figurino" encontrava-se as últimas modas de vestuário, vindas de Paris e outras Praças da Moda europeias. Um grande incêndio viria a acabar com ele.
Subindo a Rua Garrett, a meio, depois da Leitaria Garrett, com tanta história, tinhamos a Sede da maior Seguradora Nacional - a Império - que tanta felicidade nos deu.
A grandiosidade da Império aqui bem expressa
A entrada principal da Império era um pouco diferente. Também os acessos para a Rua do Carmo e edifícios do Carmo e Pessanha eram controlados internamente.
Ainda no edifício da Império, havia a Pastelaria Marques
Muito nos juntávamos na Marques, um excelente pretexto para encontros numa pausa que o trabalho concedia e os sentimentos desejavam. Ainda lá tem o nome gravado.
Igreja dos Mártires, agora recuperada e muito bonita
Temos, ainda hoje, a Igreja dos Mártires. Vamos lá frequentemente, não só pela nostalgia daqueles tempos como pelo conforto que nos dá os momentos lá passados.
Onde era o Ramiro Leão
Às vezes, há quem goste de desfigurar a história. Alguma entidade decidiu castrar (com má qualidade) as palavras "Ramiro Leão" que encimavam esta porta.
A meio da Rua do Carmo, havia uma boa Loja de Florista. Nela compramos, há 38 anos um pequeno tronco do Brasil...que hoje mostramos como memória viva: A única.
Com 38 anos, este tronco do Brasil faz parte da memória do local
Todos estes espaços fizeram parte da nossa vida, Mais de 50 anos de bons e maus momentos que nos condicionam na sua recordação.
Compreenderão porque lhe chamamos "Um passeio de Nostalgia".
Faltaram-nos muitas palavras, esmagadas pela recordação.
Votos de um Bom Domingo.
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