segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

SINTRA: APELO À UNESCO, ISTO TEM DE PARAR...

Esta manhã, ouvimos à porta da Câmara: "Não sabe quem é o dono daquilo?"

Realmente, não sabemos. Nem queremos saber. Queremos apenas que a Câmara Municipal actue na salvaguarda da defesa do Património Histórico da Vila de Sintra.

Saibam os leitores deste blogue que não desanimaremos. Não fazemos parte do lote dos moribundos, tão pouco procuramos exibir uma força que não temos. Manifestamos.

É indignação a palavra que expressa o que nos vai na alma. Até vergonha. 

Esta manhã, depois do que aqui foi alertado na passada Sexta-Feira à guisa de conhecimento para a Câmara Municipal intervir, tudo continuava como dantes.
 
Pintura da estrutura metálica

O Centro Histórico deixou de estar na Área Patrimonial distinguida pela UNESCO?

Ou será que naquele edifício histórico, se pode fazer o que muito bem apeteça, sem que as autoridades locais intervenham para pôr cobro nesta agressão à imagem do local?

Veja-se e julgo que todos ficarão pasmados ao ver a imagem que segue:

Mas o que é isto?

Saberão, porventura, algumas pessoas as exigências que envolvem uma simples pintura da fachada de um prédio? Cores. Qualidade das tintas. Tantas coisas mais.

E isto, que danifica azulejos, que altera a Praça, que tapa um espaço que, por sua vez, tapou o espaço aberto entre os arcos da Rua com esse nome, avança assim?

Não há responsáveis? Há quem tenha mais poder que a Câmara? 

Confessemos que uma situação destas nos parecia inimaginável, mas em Sintra parece que nada nos poderá surpreender, mas não nos tira a vontade de contestar.

Ou será que estamos errados? Que ao fim e ao cabo tudo isto é bonito e espelha um elevado grau de maturidade técnica, um deleite para os vindouros...

Quando gostaríamos de estar a desejar Boas Festas a todos, momentos de fraternidade, somos obrigados a não calar este mau exemplo da defesa do património.

A UNESCO deve intervir urgentemente, antes que seja tarde.

Acabe-se com esta prática em que tudo vai andando...

Sintra e o seu Património não merecem isto.



4 comentários:

Anónimo disse...

Estamos a voltar aos tempos da edite, em que tudo era permitido neste concelho. Que tristeza, infelizmente tenho de admitir que mais valia tudo parado como no tempo do outro..

Fernando Castelo disse...

Caro Anónimo, os meus agradecimentos pela sua opinião.

Se me permite, não valerá a pena falarmos noutros tempos, porque estamos neste. Avalio a sua tristeza, que é como a minha, porque nestes tempos esperaria que "um murro na mesa" acabasse com situações destas.

A Vila e seu Centro Histórico não têm donos e, se algum assim se julga, deve ser posto no devido lugar. Para isso, o Presidente da Câmara precisa de quem o alerte e não pode ceder a meia dúzia (não passam desse número) de figurinhas que se julgam "forças vivas" e serão mais "moribundas" porque valem pouco.

Sabe, é sempre perigoso andarmos a enaltecer quem merece reservas...e os resultados tornam-se visíveis... porque depois ficam calados, uma forma silenciosa de se mostrarem.

Cumprimentos e um Bom Natal.

Anónimo disse...

ANTES de fazer é que ALGUÉM, com poder para tal, devia ter evitado a sua colocação
Mas... aqui em Sintra é assim, não só com esta situação mas com outras com o completo desleixo da autarquia em fazer cumprir a lei.
Só sei que, ano após ano, nada se altera desde casas a caír, falta de limpeza nas ruas, lixeiras, estacionamento na rua de peões (Estafânea) onde todos circulam, e... falta de policiamento noturno.
E há mais, muito, muito mais!

Fernando Castelo disse...

Caro Anónimo ou Anónima, senti muito as suas palavras.

Na realidade, é antes que as coisas se devem evitar, como me dizia em Moçambique um natural de lá: "os crocodilos comem os homens quando são grandes porque o homem não lhe põe o pé na cabeça quando eles são pequenos".

Deixamos os problemas crescer e depois temos disto.

Mas é sempre bom esperar a actuação do presidente da Câmara que não misturará o local com a sede da sua candidatura.

Aguardemos e votos de um ano de 2015 bom para todos os sintrenses.