segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

SINTRA:"REINO DE NATAL" COM ÊXITO CONFIRMADO...

"Eles vieram todos!!! O trânsito parou!!! E, quem cá mora e não tem saúde para ir e vir a pé não teve hipóteses de ver nada!" (*)

Desabafo ou desenquadramento da realidade?

Lendo e relendo a mensagem, é difícil interpretá-la, admitindo-se - oxalá que não - de pessoa com problemas de mobilidade e não com outras intenções.

"Eles vieram todos", quem? Pessoas? Fantasmas? "O trânsito parou", mas não pára frequentemente? "Quem cá mora e não tem saúde para ir e vir a pé não teve hipóteses de ver nada". É estranho, devia ser mais ao pé da porta? Nos degraus da escada?

"Reino de Natal", projecto com futuro...

Na Vila histórica em que, volta não volta, a estampa serve para exibicionismos, admiraria se não surgissem resistências ao "Reino de Natal" e iniciativas populares, mais viçosas se membros do Executivo derem ouvidos a Sintralismos démodés. 


Desenvolvimento do espírito do Natal 

Reino de Natal, também manifestação cultural 

O Reino de Natal foi um êxito, que, quanto a nós, pode tornar-se num impulso de desenvolvimento sazonal das economias mais débeis, reunindo agricultores e comerciantes na promoção dos seus produtos em Quadras Festivas.

A Volta do Duche - com restrições no trânsito - e a Zona Pedonal da Heliodoro Salgado, são espaços ideais para a colocação de casinhas de madeira, nelas se vendendo artesanato, produtos da terra e doçaria, enquanto as pessoas poderiam conviver.

Justifica-se que a Câmara - pelas dificuldades amiúde invocadas - tome medidas no combate ao vazio da vida em Sintra, vítima da economia de lojas fechadas às 18 horas.

No próximo Ano, Mercados de Natal entre as 15 e 21 horas seria opção interessante. 

Quando a Câmara divulgar o número de visitantes que contribuíram no Reino de Natal com dinheiro e dádivas para fins sociais, teremos um precioso indicador para o futuro.   

Uma perspectiva positiva

Se Sintra e o seu Casco Histórico (uso Casco para separar o trigo do joio) são promovidos internacionalmente, é uma vitória nossa que venham "todos" e muitos mais...

Precisamos de saber acolhê-los e aproveitá-los em benefício da nossa economia.

A mensagem que destacamos no início é positiva na crítica ao trânsito que, apesar das insistências por uma solução, ainda não a teve, num adiamento difícil de entender.

Em síntese, custa-nos a aceitar que a mensagem manifeste incómodo pela presença de tantas pessoas num espaço histórico vocacionado para a recepção de visitantes.

Sintra continua a não ser reserva de ninguém

Longe vá o agoiro, mas felizmente Sintra é e continuará a ser um local apelativo para todos: -  Portugueses, Sintrenses e de Cidadãos do Mundo. 

Sintra é um "lugar único" à sua maneira, porque o mundo está cada vez mais cheio de "lugares únicos", justificando que para eles acorram milhões de visitantes.

Compreende-se o privilégio de se viver em pleno Casco do Centro Histórico, mas as portas da Vila estão abertas - como boas vindas - a quantos a queiram visitar. 

De qualquer forma, é bom que nos entendamos: Donos de Sintra somos todos nós.

O Centro Histórico não é reservado nem confere direitos especiais a ninguém. 



(*) Comentário ao artigo de 7 de Dezembro último


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