sexta-feira, 14 de março de 2014

SINTRA: ARU E OS VERDADEIROS CICERONES...

Ontem foi um dia grande em Sintra, porque passados quatro meses sobre a posse do novo Executivo Camarário, foi apresentada e aprovada a "delimitação da ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA DO CENTRO HISTÓRICO DE SINTRA.



Pelo documento aprovado, a Área de Reabilitação Urbana alargou-se para lá do conhecido Centro Histórico, com inegável influência em zonas periféricas, disso beneficiando a imagem digna de Sintra que todos desejamos.

Ao longo de 98 páginas, um novo conceito de vida local surge para alegria do cidadão comum, daquele que quer o melhor para este nosso tempo de vivência, sem petulâncias desajustadas ou busca de protagonismos. 

Sempre aqui defendemos a existência - nos serviços camarários - de Quadros e Técnicos qualificados, capazes de estudar e fundamentar soluções de futuro.

Bastaram quatro meses...depois de tantos anos a sentirmos adiamentos sem nexo.

HISTORIADORES, os verdadeiros cicerones...

Ao ler-se o documento Aprovado, temos uma verdadeira e apaixonante história de Sintra, desde "tempos imemoriais", do Neolítico à Idade do Ferro 6.

Depois, lá constam o Património natural e cultural, a paisagem, os Palácios, as Quintas, as Casas e os Chafarizes, os Caminhos e tudo o que nos envolve, que não precisa de ser inventado porque está devidamente inventariado para se proteger.

Os Técnicos e Historiadores do Quadro da Câmara Municipal de Sintra que participaram na elaboração deste Documento, foram - eles sim - verdadeiros cicerones desta nossa terra, sem alardes pessoais ou exibicionismos.

O Documento, tão rico sobre a História e o Património mereceria uma Edição para escolas e professores, sugerindo-se mesmo uma ampla distribuição pelas crianças e outros presentes nas comemorações do 25 de Abril em Sintra.

Os intervenientes no estudo e os técnicos justificam uma especial saudação.

Fundamentos e articulação com o Plano de Urbanização de Sintra

Segundo o documento ontem aprovado, serão múltiplas as acções a desenvolver para a respectiva realização, considerando factores tão determinantes como o clima, a exposição das colinas ao sol e a protecção das populações.

A mistura de tráfego de ligeiros, pesados e peões num mesmo espaço terá de merecer uma resposta organizada e ajustada à realidade de Sintra. 

Com muita satisfação vemos conceitos para a pedonização de vias de trânsito automóvel, tendo em vista a reabilitação de espaços existentes: "a) Espaço público para as pessoas: Acessibilidade, mobilidade, fluidez, transparência e normalização".


Tratando-se de um documento com 98 páginas, em que nenhuma delas é dispensável, esta modesta intervenção apenas pretende realçar que, depois de 12 anos à espera, temos boas perspectivas de projectos para a nossa vida futura.

Para que imagens como esta desapareçam:

Celeiro da Jugada  em pleno Centro Histórico

Hoje, embora muito se tenha de esperar, pode dizer-se que a aprovação por UNANIMIDADE da Área de Reabilitação Urbana, marcará o futuro de Sintra ligando-o ao actual Presidente, Dr. Basílio Horta. 

Excelentes quatro meses...




5 comentários:

Caminhando por Sintra disse...

Muito interessante esta ARU. Basílio Horta tem mostrado uma atitude bastante activa relativamente aos problemas de Sintra... Em poucos meses, imóveis que não tinham solução à vista, como o hotel Netto ou a casa do Dr. Cambournac, já têm um novo destino traçado.
O documento aprovado, que refere no artigo, está disponível online?
Cumprimentos,
Miguel.

Caminhando por Sintra disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Fernando Castelo disse...

Muito grato pela sua visita, em separado vou responder.

Anónimo disse...

Em abono da verdade seria bom dizer que o projecto da ARU é uma iniciativa do anterior presidente Fernando Seara, em 2012, sendo que o actual apenas de limitou a alargar a área (mal) delimitada, sem critério nem estudos que o fundamentem.
Basta verificar que o Bairro da Portela onde vive cerca de 80% da população da Vila e que paga cerca de 80% do IMI ficou de fora.
No futuro veremos como esta enorme montanha tem todas as condições para parir um rato.
E é uma pena para Sintra que isso aconteça.

Fernando Castelo disse...

Caro Anónimo, compreendo perfeitamente a sua intervenção e, por certo, conhecerá bem melhor a problemática em apreciação.
Não tiro a "paternidade" a que alude e foi uma pena que não tenha seguido os procedimentos para ser aprovada e posta em prática. Seria, mesmo, uma forma de "ultrapassar" tanta coisa em carteira e que ficou pelo caminho: ciclovias, piscinas, SATU, linhas eléctricas enterradas, hospital, casa das selecções e mais umas tantas que não interessa agora referir.
De qualquer forma, pela minha visão - por certo sem base sólida - a Portela já não tem enquadramento no âmbito da ARU, mesmo com elasticidade. Até a Estefânia - que era mais o Lourel de Cima - nalgumas zonas nada tem a ver com o enquadramento da recuperação urbana e histórica. É a minha opinião e, creia, é com toda a consideração que registo a sua mensagem e faço votos para que me acompanhe neste blogue, por certo com muitos defeitos mas feito com a melhor das intenções.
Fernando Castelo