Ontem foi um dia grande em Sintra, porque passados quatro meses sobre a posse do novo Executivo Camarário, foi apresentada e aprovada a "delimitação da ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA DO CENTRO HISTÓRICO DE SINTRA.
Pelo documento aprovado, a Área de Reabilitação Urbana alargou-se para lá do conhecido Centro Histórico, com inegável influência em zonas periféricas, disso beneficiando a imagem digna de Sintra que todos desejamos.
Ao longo de 98 páginas, um novo conceito de vida local surge para alegria do cidadão comum, daquele que quer o melhor para este nosso tempo de vivência, sem petulâncias desajustadas ou busca de protagonismos.
Sempre aqui defendemos a existência - nos serviços camarários - de Quadros e Técnicos qualificados, capazes de estudar e fundamentar soluções de futuro.
Bastaram quatro meses...depois de tantos anos a sentirmos adiamentos sem nexo.
HISTORIADORES, os verdadeiros cicerones...
Ao ler-se o documento Aprovado, temos uma verdadeira e apaixonante história de Sintra, desde "tempos imemoriais", do Neolítico à Idade do Ferro 6.
Depois, lá constam o Património natural e cultural, a paisagem, os Palácios, as Quintas, as Casas e os Chafarizes, os Caminhos e tudo o que nos envolve, que não precisa de ser inventado porque está devidamente inventariado para se proteger.
Os Técnicos e Historiadores do Quadro da Câmara Municipal de Sintra que participaram na elaboração deste Documento, foram - eles sim - verdadeiros cicerones desta nossa terra, sem alardes pessoais ou exibicionismos.
O Documento, tão rico sobre a História e o Património mereceria uma Edição para escolas e professores, sugerindo-se mesmo uma ampla distribuição pelas crianças e outros presentes nas comemorações do 25 de Abril em Sintra.
Os intervenientes no estudo e os técnicos justificam uma especial saudação.
Fundamentos e articulação com o Plano de Urbanização de Sintra
Segundo o documento ontem aprovado, serão múltiplas as acções a desenvolver para a respectiva realização, considerando factores tão determinantes como o clima, a exposição das colinas ao sol e a protecção das populações.
A mistura de tráfego de ligeiros, pesados e peões num mesmo espaço terá de merecer uma resposta organizada e ajustada à realidade de Sintra.
Com muita satisfação vemos conceitos para a pedonização de vias de trânsito automóvel, tendo em vista a reabilitação de espaços existentes: "a) Espaço público para as pessoas: Acessibilidade, mobilidade, fluidez, transparência e normalização".
Tratando-se de um documento com 98 páginas, em que nenhuma delas é dispensável, esta modesta intervenção apenas pretende realçar que, depois de 12 anos à espera, temos boas perspectivas de projectos para a nossa vida futura.
Para que imagens como esta desapareçam:
Celeiro da Jugada em pleno Centro Histórico
Hoje, embora muito se tenha de esperar, pode dizer-se que a aprovação por UNANIMIDADE da Área de Reabilitação Urbana, marcará o futuro de Sintra ligando-o ao actual Presidente, Dr. Basílio Horta.
Excelentes quatro meses...
5 comentários:
Muito interessante esta ARU. Basílio Horta tem mostrado uma atitude bastante activa relativamente aos problemas de Sintra... Em poucos meses, imóveis que não tinham solução à vista, como o hotel Netto ou a casa do Dr. Cambournac, já têm um novo destino traçado.
O documento aprovado, que refere no artigo, está disponível online?
Cumprimentos,
Miguel.
Muito grato pela sua visita, em separado vou responder.
Em abono da verdade seria bom dizer que o projecto da ARU é uma iniciativa do anterior presidente Fernando Seara, em 2012, sendo que o actual apenas de limitou a alargar a área (mal) delimitada, sem critério nem estudos que o fundamentem.
Basta verificar que o Bairro da Portela onde vive cerca de 80% da população da Vila e que paga cerca de 80% do IMI ficou de fora.
No futuro veremos como esta enorme montanha tem todas as condições para parir um rato.
E é uma pena para Sintra que isso aconteça.
Caro Anónimo, compreendo perfeitamente a sua intervenção e, por certo, conhecerá bem melhor a problemática em apreciação.
Não tiro a "paternidade" a que alude e foi uma pena que não tenha seguido os procedimentos para ser aprovada e posta em prática. Seria, mesmo, uma forma de "ultrapassar" tanta coisa em carteira e que ficou pelo caminho: ciclovias, piscinas, SATU, linhas eléctricas enterradas, hospital, casa das selecções e mais umas tantas que não interessa agora referir.
De qualquer forma, pela minha visão - por certo sem base sólida - a Portela já não tem enquadramento no âmbito da ARU, mesmo com elasticidade. Até a Estefânia - que era mais o Lourel de Cima - nalgumas zonas nada tem a ver com o enquadramento da recuperação urbana e histórica. É a minha opinião e, creia, é com toda a consideração que registo a sua mensagem e faço votos para que me acompanhe neste blogue, por certo com muitos defeitos mas feito com a melhor das intenções.
Fernando Castelo
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