sexta-feira, 15 de novembro de 2013

SINTRA: PRECISA DE (MUITOS) MERCADOS DE NATAL...

APROXIMA-SE O NATAL...E SEUS MERCADOS

Um pouco pela Europa, cidades grandes e pequenas, praças, pátios e recantos, começam a ver montadas as casinhas que constituirão os Mercados de Natal.

Apoiados pelos municípios, muitos pequenos e médios artesãos, ou comerciantes dos mais variados ramos - artigos natalícios, imagens, artesanato, doçaria e outras ofertas de interesse popular - conseguem receitas que equilibram as suas economias.

Munique, no pátio da Residenz - Antigo Palácio Real e dos mais famosos Museus do mundo
 
Salzburg, numa das mais nobres zonas da cidade
 
O horário tem regras (de semana é sobre a tarde, mais alargado aos fins de semana, encerrando mais cedo aos Domingos, porque o dia seguinte é de trabalho).

Os Mercados de Natal são polos dinamizadores da economia local, oferecendo belos e agradáveis momentos de convívio - tantas vezes à volta de uma mesa alta - com circulação de muito dinheiro, mesmo que em pequenas compras.
 
gluhwein, que sabe sempre bem depois de se comer uma wurst desafiadora, é servido em canecas que têm um "depósito" entre 1 e 2 euros. Como poucas pessoas a devolvem, na prática constitui mais uma receita, enquanto na fábrica aumenta a produção.

Seria capaz de devolver uma caneca como esta? estampada e com relevo? 

Há desafios gastronómicos, bolos artesanais - entre eles uns de coco, divinais - e, se o estômago ainda tiver espaço, pode dar-se ao prazer de uma espetada de fruta coberta por chocolate quente, feita com todo o cuidado e qualidade.

Tudo isto, caros leitores, muitas vezes debaixo de flocos de neve, com temperaturas negativas, mas com famílias inteiras, com três e quatro filhos...

Ora, Sintra tem melhor clima, queijadas e doçaria, bom vinho, tem mesmo artesanato, tem empresas que poderiam patrocinar. Tem alma, pode ter iniciativa, pode organizar-se. Pode criar ciclos de envolvimento com concelhos vizinhos.

Claro que também tem morcegosaristocratas.

Bem vivos e reais, temos artesãos (para contrariar quem disse não existir artesanato em Sintra), temos pessoas com dinâmica para responder a realizações que levem a alegria às ruas do concelho, geradoras da participação popular.

Tivéssemos na Volta do Duche, na Heliodoro Salgado, em S. Pedro, nos Largos fronteiros aos palácios da Vila e de Queluz as casinhas dos Mercados e daríamos alma ao comércio regional, fomentando o fraterno convívio de gente rural e urbana.

É uma sugestão que fica, porque tudo é possível se existir vontade na sua realização.

Até os  "fantasmas do Éden"  dariam um ar da sua graça...esvoaçante.


 

Sem comentários: