É inacreditável! É uma vergonha para Sintra! É o espelho do que temos!
Chegámos ao final de 2011 sem que o fontanário manuelino tenha sido reposto no seu devido lugar: - Largo Afonso Albuquerque, na Estefânia, Sintra.
Recordemos a peça que faz parte da riqueza histórica de Sintra, do nosso património, tão falado por alguns mas que não passam de ridículas palavras de circunstância:
Foto também centenária, talvez do acto inaugural do fontanário
Não nos vamos calar e continuaremos a contar os dias...
Também o Jornal de Sintra, na edição do passado dia 16, sob o título "A fonte centenária continua em parte incerta", deu conhecimento de terem chegado ao jornal "algumas inquietações e até angústias pelo desvio deste patrimonio (...)".
A peça jornalística ao não referir terem existido dois tempos, o do roubo da parte superior (que terá sido comunicado à Polícia Judiciária) e a posterior retirada das cubas e peanha por parte de serviços municipais, pode ter iludido muitos leitores.
A notícia do JS não destaca preocupações da Junta (um Serviço da República!) relacionadas com a estrutura retirada do local, alegadamente para recuperação.
Os esclarecimentos do Presidente da Junta de Santa Maria divulgados pelo JS desviam - na sua totalidade - as responsabilidades para a Polícia Judiciária, fazendo recear que se pretenda ocultar o ocorrido com as partes não roubadas.
A Junta e a Câmara Municipal terão de prestar informações sobre o fontanário, onde se encontra, fase da recuperação e quando será recolocada no local a parte original.
Ao contrário do que o JS deixa entreaberto, não queremos uma cópia.
Pelas imprecisões pouco admissíveis, escrevi ao Jornal de Sintra o seguinte:
A peça jornalística ao não referir terem existido dois tempos, o do roubo da parte superior (que terá sido comunicado à Polícia Judiciária) e a posterior retirada das cubas e peanha por parte de serviços municipais, pode ter iludido muitos leitores.
A notícia do JS não destaca preocupações da Junta (um Serviço da República!) relacionadas com a estrutura retirada do local, alegadamente para recuperação.
Os esclarecimentos do Presidente da Junta de Santa Maria divulgados pelo JS desviam - na sua totalidade - as responsabilidades para a Polícia Judiciária, fazendo recear que se pretenda ocultar o ocorrido com as partes não roubadas.
A Junta e a Câmara Municipal terão de prestar informações sobre o fontanário, onde se encontra, fase da recuperação e quando será recolocada no local a parte original.
Ao contrário do que o JS deixa entreaberto, não queremos uma cópia.
Pelas imprecisões pouco admissíveis, escrevi ao Jornal de Sintra o seguinte:
"No Jornal de Sintra do passado dia 16 do corrente, página 4, esse Jornal aborda a preocupação existente sobre a fonte centenária que foi retirada do Largo Afonso Albuquerque.
Desde há vários meses que, no meu blogue http://retalhos-de-sintra.blogspot.com/2011/11/sintra-20072011-1516-dias-espera-do.html, tenho vindo a contar os dias desde a retirada da fonte, sem que os responsáveis autárquicos manifestem - no mínimo - a responsabilidade de esclarecer os munícipes sobre o que se passa.
Ora, independentemente da acuidade da peça jornalística, as preocupações foram conduzidas, de forma ínvia, para outro patamar de responsabilidades, alijando as correspondentes às autarquias envolvidas: Câmara Municipal de Sintra e Junta de Freguesia de Santa Maria e São Miguel.
Como se sabe, o roubo envolveu apenas a parte superior da fonte, pelo que só essa terá sido objecto de queixa às auroridades.
O que ficou no local (pedestal e cubas) foi poucos dias depois retirado por serviços camarários, certamente depois de ordem ou autorização nesse sentido. Rapidamente o chão foi pavimentado.
A Junta de Freguesia, pelas responsabilidades territoriais, deveria ser a primeira entidade a estar ávida de saber desse património, não só o roubado mas, especialmente, o que ficou, exigindo a sua rápida recuperação e recolocação.
Quando a Junta de Freguesia de Santa Maria e São Miguel chama à colação o saudoso Amigo de Sintra de seu nome José António Pinto Vasques, está a desviar-se das obrigações que tem em apurar do local onde se encontra o que restou e como está a sua recuperação.
Se a Junta não sabia, deveria estar a par da retirada daquela peça histórica do seu território que constituía um bem público do qual se deveria honrar, pela história e pelo património.
O teor da Vossa peça, certamente sem ser essa a intenção, acaba por veicular para a Polícia Judiciária as responsabilidades por um todo, quando apenas foi roubada uma parte. Que se saiba, por agora...
Mas será que a Junta não sabe o que se passou com a parte restante do fontanário? E da Câmara quem assume a responsabilidade por ter mandado retirá-lo?
Neste quadro, nesta triste realidade do que é o poder local ligado pela Dedicação, o que é exigível saber é onde pára a estrutura que foi retirada pelos serviços camarários, alegadamente para recuperação, e que, passados mais de 1500 dias, não voltou ao local.
As informações prestadas e apelo à participação dos munícipes não pode passar de fait divers como facilmente se conclui, nomeadamente pela ausência de uma posição durante os últimos quatro anos."
Em resposta, o JS deu conhecimento de ter reencaminhado o meu escrito "para a Junta de Freguesia de Sta. Maria e S. Miguel e para o GAMA - Gabinete de Apoio ao Munícipe, a fim de tomarem conhecimento do seu conteúdo".
É esta a situação a que Sintra chegou, o desencanto rotulado de "Dedicação".
3 comentários:
Ora aí está, um cidadão que se preocupa com Sintra e que possivelmente causa algum mal estar aos que fingem ser distraídos, (mas não são.)É verdade que são 1546 os dias contados, ou seja, a fonte teve e tem os dias contados. Depois aquelas desculpas que se leram no JS, evocando quem já cá não está, (não me pareceu muito ético) mas enfim, as acções ficam...... Agora o que é mais do que certo, é que esta fonte nunca mais vai aparecer.
Sintra tem tantas organizações de protecção, tantos amigos de defesa, mas nas horas de aparecerem, nenhuma delas dá a cara a perguntar o que quer que seja. Medo? Comprometidos? Porquê?
Responda quem sabe.
Força. Continue. Estamos consigo.
E já agora.. os bancos lindos de pedra, do largo da Feira?
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