quinta-feira, 2 de junho de 2011

CONHECE O PASSIVO (EXIGÍVEL) DE SINTRA?

Segundo o DN-Economia de hoje, no seguimento do acordo com a TROIKA, as contas públicas irão ser rigorosamente controladas, entre elas as dos municípios.

Tal exigência, se cumprida pelo governo que se segue, poderá contribuir - pelo menos temporariamente - para umas pontas de moral pública na aplicação dos dinheiros municipais, com a sociedade a beneficiar deles directamente em vez de servirem, tantas vezes, como  encobertas fontes de "investimento" na captação de votos.

Na verdade, mesmo sem TROIKA, às forças políticas, nomeadamente às da oposição ou que vestem essa camisola em certas alturas, incumbiria - se nisso tivessem gosto e vontade - que divulgassem regularmente os grandes destinos do nosso dinheiro.

Para os cidadãos, não seria indiferente conhecer-se a acumulação de subsídios e outras comparticipações com rótulos diversificados, espalhados por instituições particulares ou associativas, estas em boa verdade propriedade dos sócios.

E como estas coisas, umas vezes de difícil acesso, outras mais ou menos encobertas, se sucedem com frequência, os munícipes vivem num quase total desconhecimento da realidade municipal em vários domínios, entre eles o financeiro.

Por exemplo, experimentem aceder ao chamado site da CM de Sintra e consultar as "Deliberações-Propostas aprovadas". Umas vezes os valores são omitidos, outras indicados.

Nas aprovações da última Sessão camarária, lê-se uma a "atribuir Subsídios aos Clubes Desportivos do Concelho", omitindo o valor de 307.500 euros, enquanto que outra, a "atribuir Subsídios a Associações Juvenis" já cita 30.500 euros. Esta a informação fornecida.

Colocaria ao leitor a seguinte pergunta: Sabe, porventura, quanto é que os munícipes de Sintra devem a terceiros? Sim, porque serão eles a pagar os empréstimos e as dívidas.

Bem, em 2005 (ano de eleições) era de 94,7 milhões de euros; em 2006 baixou para 93,9 milhões; em 2007 baixou ainda para 89,6 milhões; em 2008 subiu ligeiramente para 90,9 milhões, mas em 2009 (de novo ano de eleições) chegou aos 96,5 milhões.

Notar-se-á que nos anos de eleições subiu sempre, o que induz ao recurso a investimentos para o sucesso desejado, umas obras e muitos milhares distribuídos em subsídios e outras figuras, com as dívidas a transitar para exercícios seguintes. 

Claro que quem não queria a TROIKA por cá, saberá das suas razões. Mas resistir em nome da dignidade ou independência nacionais, hoje em dia já é pouco.

Uma pergunta fica no ar, esperando que alguém se atreva a responder: 

Qual o Passivo (exigível) da Câmara Municipal de Sintra, em 31.12.2010? 

Aceitam-se palpites...




 Pelo seu interesse, recomendo a página do Tribunal de Contas dos Municípios Brasileiro:
http://www.tcm.ba.gov.br/

2 comentários:

Anónimo disse...

Atrevo-me a falar em 100 milhões. Será?

J Figueiredo

Amadeu disse...

não me atrevo a dar palpites,sobre dividas, mas acho que o dinheiro, que a câmara manda para as Juntas de Freguesia, jardins, calçadas e outras coisa muitas vezes não se sabe para quê, se fosse bem gerido dava para os sintrenses terem uma boa qualidade de vida, tais como bons acessos,estradas sem buracos ,passeios arranjados,trabalhadores para limpezas e etc. não só técnicos,dentro dos serviços como todos nós vemos,nas deslocações que temos que fazer aos vários serviços,não falando das empresas municipais que são o cancro da sociedade,os acessos às praias etc.