segunda-feira, 16 de maio de 2011

POLÍTICOS E OPINIÃO PÚBLICA


"Pode enganar-se toda a gente uma vez. Pode enganar-se sempre uma pessoa. Mas não se pode enganar sempre toda a gente" (das técnicas do marketing político)

No vasto ramalhete de políticos,  boa parte dá-se mal com as opiniões públicas quando as mesmas não lhes são dedicadamente favoráveis.

Segundo Roger-Gerard Schwartzenberg, as modernas técnicas de comunicação conduzem ao chamado "star-system político", onde os media assumem cada vez mais peso e o movimento das ideias se torna cada vez menos interessante. Como reflexo, a democracia é sempre relegada quando os políticos ambicionam ser "star".

Com frequência,  somos confrontados com repetitivas entrevistas, ou com acontecimentos menores a que as equipas televisivas acorrem sem se saber bem como são convocadas mas onde – com suprema sorte e benfazeja felicidade – lá encontram o político ambicioso.

Há um evento televisivo?  Só com muita sorte não temos de ver os mesmos rostos, por vezes com os corpos a destacarem-se dos outros convivas,  num exercício de exposição a que as câmaras não conseguem fugir a mostrá-los.

Para garantir o êxito da teoria do MKT político conhecida por "efeito de sedução", muito políticos recorrem e invocam laços afectivos e ligações familiares, não se importando nessa altura de passar para o exterior pormenores da vida privada para benefícios do foro político.

Se o ritmo de dar nas vistas é elevado, o político alvo da atenção corre o risco do hábito ser mau conselheiro quanto à preservação da imagem, a qual fica muitas vezes sem resguardo.

Como consequência, sujeitam-se à avaliação da opinião pública pelos actos praticados enquanto políticos e de muitos que o não são.

Aos cidadãos que se empenham na causa pública acaba por ser difícil definir as fronteiras entre o que deve ser do foro pessoal (que muitas vezes é usado em público)  e o que decorre da exposição pública, com notícias e outras formas de publicitação de índole política.

Sabe-se que,  com certos recursos,  políticos há que conseguem calar boa parte dos media, contando com eles para a preservação da imagem e, por vezes, para o silenciamento.

Como,  por duas vezes, fui convidado para ser político e não aceitei, sinto um grande à-vontade na minha política de apreciação, procedendo a recomendações como fiz para o vídeo  http://www.youtube.com/watch?v=Opk2s9cFF44&feature=related  já que o mesmo, em minha opinião, representa uma peça ímpar para a avaliação dos políticos sintrenses.

Posso garantir que, pela minha parte, continuarei a apreciar os actos políticos, independentemente do respeito que, a nível pessoal, os políticos me mereçam.


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