"Pode enganar-se toda a gente uma vez. Pode enganar-se sempre uma pessoa. Mas não se pode enganar sempre toda a gente" (das técnicas do marketing político)
No vasto ramalhete de políticos, boa parte dá-se mal com as opiniões públicas quando as mesmas não lhes são dedicadamente favoráveis.
Segundo Roger-Gerard Schwartzenberg, as modernas técnicas de comunicação conduzem ao chamado "star-system político", onde os media assumem cada vez mais peso e o movimento das ideias se torna cada vez menos interessante. Como reflexo, a democracia é sempre relegada quando os políticos ambicionam ser "star".
Com frequência, somos confrontados com repetitivas entrevistas, ou com acontecimentos menores a que as equipas televisivas acorrem sem se saber bem como são convocadas mas onde – com suprema sorte e benfazeja felicidade – lá encontram o político ambicioso.
Há um evento televisivo? Só com muita sorte não temos de ver os mesmos rostos, por vezes com os corpos a destacarem-se dos outros convivas, num exercício de exposição a que as câmaras não conseguem fugir a mostrá-los.
Para garantir o êxito da teoria do MKT político conhecida por "efeito de sedução", muito políticos recorrem e invocam laços afectivos e ligações familiares, não se importando nessa altura de passar para o exterior pormenores da vida privada para benefícios do foro político.
Se o ritmo de dar nas vistas é elevado, o político alvo da atenção corre o risco do hábito ser mau conselheiro quanto à preservação da imagem, a qual fica muitas vezes sem resguardo.
Como consequência, sujeitam-se à avaliação da opinião pública pelos actos praticados enquanto políticos e de muitos que o não são.
Aos cidadãos que se empenham na causa pública acaba por ser difícil definir as fronteiras entre o que deve ser do foro pessoal (que muitas vezes é usado em público) e o que decorre da exposição pública, com notícias e outras formas de publicitação de índole política.
Sabe-se que, com certos recursos, políticos há que conseguem calar boa parte dos media, contando com eles para a preservação da imagem e, por vezes, para o silenciamento.
Como, por duas vezes, fui convidado para ser político e não aceitei, sinto um grande à-vontade na minha política de apreciação, procedendo a recomendações como fiz para o vídeo http://www.youtube.com/watch?v=Opk2s9cFF44&feature=related já que o mesmo, em minha opinião, representa uma peça ímpar para a avaliação dos políticos sintrenses.
Posso garantir que, pela minha parte, continuarei a apreciar os actos políticos, independentemente do respeito que, a nível pessoal, os políticos me mereçam.
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