quarta-feira, 21 de junho de 2023

SINTRA: PLACAS "INAUGURATIVAS"...#UM NOVO CAMINHO?

Deontologia

O recente ato, que levou o site camarário a espalhar pelo mundo que a Câmara Municipal "inaugurou a Praça D. Fernando II" não merece o silêncio da cumplicidade.

A peça publicada, facilmente vista como um flash propagandistico de teor restritivo, não destaca a riqueza da objetiva que fixaria o entrosamento dos atores.

Tão solene momento, de transcendente impacto nos sintrenses e mais orgulho dos fregueses por tantas obras levadas a cabo, mereceria vermos o tirar do pano.  

Nem se invoque que a omissão se deva ao virtuosismo dos autarcas envolvidos, que todos sabemos pautados pelos mais modestos contornos dos êxitos alcançados.

Excluída então a modéstia de se arredar da Praça o nome de El-Rei D. Fernando II que bonita seria a lhaneza de se aludir a um lapsus calami lamentável.

Valeu a sorte de D. Fernando II não aparecer por lá a envergonhar a vassalagem de uns tantos  e, com dois escadotes, tirar as placas que ainda o lembram na Praça.

Questão nuclear sintrense

Os munícipes atentos talvez considerem - pela ausência de outros - que um dos problemas mais graves de Sintra se ligará aos transportes e acessibilidades.

Daí que, nos últimos anos, entre publicitadas soluções, todas tenham redundado em #caminhos de falhanço, por vezes atenuados por um salutar humor.

As memórias trazem-nos as peripécias do dia em que as fagulhas de escapes ameaçavam de incêndio a nossa Serra...agora fortemente devassada por eles (*).


Falhou o oneroso Parque da Cavaleira, mas valeu o primeiro "me congratulo com esta Proposta" de um provável opositor, mais tarde Administrador da EMES.

Tão elaborado e estudado foi o Projeto Cavaleira que até um longilíneo traço azul (como noutros tempos) surgiu para indicar o "#caminho do estacionamento.

Nesse tempo, o "êxito" das medidas, levou para a Portela os transportes públicos entre a Zona Sul do Concelho e a Estação da CP (onde era o Centro de Saúde).

Concomitantemente, a pilaretagem engradeceu a EMES com aumento de receitas, acabando os sintrenses, ingratos, obrigados a não desfrutarem da sua Vila.

Tudo longe do dito pelo Candidato Basílio Horta em 2013, que admitia criar uma empresa municipal para garantir que "mobilidade dentro do concelho". 

Fuga com atos "Inaugurativos"

Que não se fale da Cavaleira, da dita Pousada de Jovens, da Gandarinha, do antigo Hotel Netto e do Hospital da Misericórdia...até do tal Novo Hospital sem camas...

Para isso, há atos flash, de fácil publicitação para explorar imagens de inaugurações que possam esvaziar - ou evitar que se pense - nas questões nucleares. 

Não será de excluir que, nos próximos tempos, algumas placas "inaugurativas" surgirão para alegria de uns tantos mas sem valor prático para a vida da maioria. 

Vamos aguardar. 


(*) Eles...os ditos causadores de fagulhas.

1 comentário:

Joao Diniz disse...

Promessas leva-as o vento e para facilitar os desmandos acabaram com a DGPC. Sintra está cada vez mais uma terra à mercê dos aventureiros: o transito é inaceitável e a lei do ruído continua na gaveta. Estão a dar cabo da galinha dos ovos de oiro