Em gratidão
Em homenagem aos Homens e Mulheres que - há 49 anos a esta hora e muito antes - arriscaram e alguns deram a vida em luta por um País Livre, democrático, mais justo e solidário.
Aumenta a ansiedade por se saber qual o militante de Abril que discursará, quem sabe se da varanda dos Paços do Concelho, enaltecendo a data libertadora.
Em cada dia, tantos milhões de nós sentem os efeitos nefastos de políticas que vão ao arrepio dos sonhos de Abril, em que o nepotismo partidário vinga.
Têm sido 49 anos de doloroso afastamento dos ideais de Abril, dos sonhos que criámos, do dito fim da estrutura fascizante que privilegiava os seus servidores.
Vemos frequentemente responsáveis partidários com ambições tais que os torna capazes do convívio em união com bafejados pelo aroma da naftalina fascizante.
Também há os que ontem, reprimidos e vítimas do regime derrotado em Abril, não tenham pejo em receber cargos e mordomias de figuras gradas do regime anterior.
Esquecidos?
Como resultado do sucessivo desvirtuamento do empenho exigível para uma sociedade mais próspera, igualitária e feliz, assistimos a cada vez mais lutas sociais.
Professores, maquinistas, serviços de saúde sem capacidade de resposta, transportes que falham no serviço público, levam à luta pela sobrevivência.
Enquanto isso, vingando cartões partidários, o servilismo e recompensa, aumenta a classe dos pobres...aceite pelos que falavam numa "sociedade sem classes".
Temos, então, uma sociedade em degradação sucessiva, de exploração cada vez mais descarada, de pessoas que arrotam com fome e...de...políticos ricos.
Na Europa somos os filhos pobres, onde chegam emigrantes das zonas mais remotas...mas que, logo que conseguem, daqui abalam para a outra Europa.
Como serão os discursos neste 25 de Abril de 2023?
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