Honras a um lugar escondido...
Confessamos que, perguntado nessas bandas se conheciam os autarcas de tal território, ninguém disse conhecê-los, antes desejam-nos longe para preservar a história.
Ainda perguntámos se sabiam o que foi feito ao Parque da Liberdade, junto ao Centro Histórico e percebemos que tinham medo desta maravilha ser destruída.
De vez em quando passamos por lá, gostamos de apreciar aquele pedaço da história original, ver aves à solta, escutar a água correndo.
Nos dias de hoje temos obrigação de defender os lugares, pois vai não vai, com diversos pretextos, o desrespeito pela história faz parte do cardápio das "virtudes".
Temos como certo que os autores dos desmandos - se tal pudermos dizer - se fixam nos lugares mais apetecíveis e rentáveis, para que cimento destrua a história.
Não iremos dizer onde é, mas podemos adiantar que é na destruída, talvez mais justamente dita traída, freguesia de S. Pedro de Penaferrim.
Dá gosto ali pararmos, desfrutarmos do silêncio só quebrado pelo som da água cristalina, ver a natureza conforme ela era há 100 ou 200 anos atrás.
3 comentários:
Caro amigo Fernando Castelo! Que melhor forma de comentar, mais este seu bem elucidativo artigo senão, referir, que "existem certas verdades, que têm a nobre virtude, de serem incómodas". Finalizo com as minhas saudações!
Estou cada vez mais convencido que o "tampão" de cimento "criminosamente" colocado na obra do muro da Gandarinha para estancar a água surgida poderia ser o alimento da Fonte dos Plátanos. Cabia aos técnicos zelar pelas boas práticas. Estou errado? Noutra faltará
Caros Amigos Francisco Baudouin e João Diniz,
Antes de mais a minha gratidão por, pacientemente, dedicarem atenção a este modesto blogue.
Não será por se dizer que não malfeitores que eles não existam. Da mesma forma que os lugares, mesmo pequenos, por ser nossos devem por todos merecer a atenção nas suas vidas.
Há uns tempos que não vou ao Parque da Liberdade, aquele espaço ímpar na Vila de Sintra a que, certamente fascistas, o nome incomodará mais que a história.
Mas por lá, eram várias as nascentes que alimentavam fontes, tanques, onde - confesso - gostava de parar e beber daquelas águas cristalinas.
Depois, um dia, apareceram umas placas quase a ameaçar a vida de quem bebia daquela água. Seguiu-se a progressiva quebra da água, nomeadamente na Fonte do Plátano, onde algumas pessoas (além da Fonte Mourisca) também a iam recolher para beber em sua casas.
Curiosamente um dia ficou seca e, gente dita qualificada, que poderia ir ver o que se passava (se era na Gandarinha ou Quinta do Saldanha) ajustou-se e... acabaram com ela.
Mas se fosse só a Fonte do Plátano...o ódio é ao Parque na sua totalidade pelo seu nome.
De vez em quando, nuns rasgos de democracia, faz-se qualquer coisa por lá.
No sítio mais longínquo da entrada, o mais escondido possível, foi colocado uma escultura de (dizem) homenagem a Beatriz Ângelo...antes uma ofensa ao respeito que ela merece.
E os sintrenses de pacotilha, os autarcas de ocasião, continuam felizes com estas coisas que se passam.
Um abraço Fraterno,
Fernando Castelo
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