Terrível esquecimento...ou encenação?
Cavaleira: afinal só termina em 30 de Novembro de 2021
O pedacinho de vídeo acima dá que pensar, porque sugere que o atual ocupante do cargo de presidente da nossa Câmara não conhece o processo...titubeia...pergunta...
Ao mesmo tempo, facilita a mensagem subliminar de que algo não é dele, mostra-se baralhado sobre a data da rescisão do arrendamento do parque da Cavaleira.
Daí que, "muito rápido", passe o ónus da Cavaleira para o Vice-Presidente (Rui Pereira), pondo-lhe às costas o macaco da responsabilidade pelo que se passou.
É muito feio, mesmo considerando que na política - que deve ser espelho da verticalidade - podemos ser confrontados com incríveis contradições.
Quem fez a Proposta para a Cavaleira?
Sessão de Câmara de 15.5.2018
Foi evidente que a Proposta para o "negócio" da Cavaleira teve em Basílio Horta o responsável, talvez sem bases solidas e estudos que evitassem o falhanço.
Isso não impediu que logo em primeiro lanço houvesse quem se congratulasse.
Muito do que tal personalidade disse quando da Proposta (e talvez antes para "sensibilizar" a Oposição) não teve qualquer confirmação nos dois anos seguintes.
Era o "Verão" que vinha aí...eram as "ruas e alamedas com árvores"...tudo assim, saído de um verdadeiro manual de afirmações políticas desapoiadas.
Quase dois anos antes da pandemia, o parque da Cavaleira já era oneroso encargo municipal, desenquadrado das necessidades do nosso turismo.
Integrou o plano repressivo da pilaretagem que empurrou para parques de estacionamento pagos e até justificou restrições em transportes rodoviários.
Foi um falhanço rotundo, a teimosia em desvalorizar tantas sugestões que indicavam outro local - definitivo - que melhor serviria o turismo e ligações ao Centro e Serra.
A personalidade que ocupa o cargo de presidente da Câmara não pode fugir às responsabilidades da Cavaleira e custos que, à vista, foram improdutivos.
No meio, a terceira versão...
Na Sessão de Câmara de 2.12.2020, disse o Presidente da Câmara: "Portanto, no final desta ano, acaba o contrato". Acreditou-se que seria 31.12.2020...
Escutando, de novo o pedaço de vídeo que publicamos acima, temos de pensar algo que, só por princípios humanitários, nos abstemos de manifestar com dureza.
Depois de passar para o lado os detalhes, o remate: "Porque neste momento não há movimento", "o movimento não tem sido aquele que nós esperávamos".
"Neste momento"? Nunca teve, sabe-o bem. Um falhanço total certamente por decisões sem estudos e suporte adequados, quase teimosias ligadas ao trânsito.
Quem esteja com menos atenção, pode ser levado a pensar que o principal responsável...nada teve a ver com o arrendamento da Cavaleira...
Talvez haja quem julgue que a pouco cuidada gestão de relevantes fundos dos munícipes foi por responsabilidade de quem - ao lado - irá prestar os "detalhes".
Até quando, este político em Sintra?
Para sermos francos, enquanto sintrenses que apenas desejamos melhor para Sintra e o futuro das suas gentes, estas atitudes políticas são deprimentes.
Temos consciência de que estamos a viver no segundo mais populoso concelho do País, que Sintra tem um vasto território que exige competências na sua gestão.
Hoje a Cavaleira, centenas de milhares de euros gastos sem quaisquer benefícios para a população, salvo escassos viajantes que aproveitaram transportes gratuitos.
Ontem a Pousada de Juventude que não será nossa, falada em 600 mil euros quando da aprovação e - ganhas as eleições - ser investimento de mais de 3 milhões.
Agora, a história do hospital ou os transportes que falham, até ao lixo e abandono por aqui e por ali, tudo deprimente para os filhos mais nobres desta terra: - os munícipes.
E a confusa história da Majoração do IMI, depois do "agora funciona" que redundou na anulação de tudo e promessa de um inquérito sem resultado conhecido?
Sintra não é um município para políticos caçarem votos deixando as ilusões proliferar sem reflexos na indispensável melhor qualidade de vida das populações.
Quem trouxe e serve Basílio Horta para Sintra terá de prestar contas a todos nós.
Aquele bocadinho do vídeo, a indecisão e o dedo a apontar o "termina agora...", são o espelho de um autarca que ainda agora está longe de saber de Sintra.
Dá que pensar...
Sintra não merece isto!
1 comentário:
Por este e outros casos se constata como é desgovernado o país. O sr Presidente da Câmara faz negócios que não lembram ao diabo mas como está suportado por um partido politico há que resignar, se não.....
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