terça-feira, 19 de janeiro de 2021

SINTRA: GANDARINHA, PROCESSO QUE NÃO PODE MORRER...

O dito na Sessão de Câmara

Extrato da Ata de 24.11.2020 da Sessão de Câmara Municipal de Sintra

Na Sessão de Câmara de 24.11.1020, (Ata só recentemente publicada) a Vereadora Paula Simões quis saber do ponto da situação sobre as obras da Gandarinha:

"Parece-nos que é altura, qualquer que seja a solução, para se resolver definitivamente porque não deixa de ser um enorme problema (...) até em termos de impacto visual". 

Na resposta, quando a nós magistralmente confusa, Sua Excelência começou por se referir a uma "carta aberta da QSintra" a às "pessoas competentes que a assinam"...

...Pelo meio "uma lei que o governo de Passos Coelho publicou", falou em centenas de milhar de euros aparentemente relacionados com a Polis Cacém e uma escola.

Dissertou: "quem é que corre o risco de amanhã termos um processo de indemnização de 15 ou 20 milhões de euros?". "A DGPC tem que assumir a sua responsabilidade".

Disse mais: "(...) o projeto da DGPC não era o mesmo, pelo que impôs mudanças estruturais profundas no projeto. No estacionamento, na área toda (...)". 

Sua Excelência, antes de terminar, falando de novo em milhões, disse: "Acho espantoso o "QSintra" nunca se ter incomodado com o que estava ali, que era uma lixeira".

O não dito que é relevante


Estamos em crer que Sua Excelência não teve intenção de esconder o que disse e consta da Ata da Sessão de Câmara de 22.1.2019, apenas um ligeiro esquecimento.

A um respeitável Munícipe (RICARDO Manuel de Oliveira DUARTE) respondeu: "O parque de estacionamento foi uma exigência da Câmara quando o processo foi aprovado. Não há estacionamento na Vila por isso, se querem fazer o hotel, têm de garantir que há estacionamento para os hóspedes e outras pessoas, sem possibilidade de recusar".

Parece, assim, que em 22.1.2019 qualquer coisa saiu extemporaneamente a Sua Excelência, de difícil controlo como a qualquer mortal, de que agora não se lembra.

Perante tal sintoma de esquecimento, é natural aceitarmos que a DGPC seja a responsável por querer impor as correções devidas à monstruosidade da obra.

Pode dizer-se - dirá quem sabe - ou admitir-se, que tudo aquilo teve muitos dedos na mistura de temperos, contando com a Delegação da UNESCO silenciada.

A defesa do Património da Humanidade não pode tolerar situações destas. 

Os responsáveis serão apurados e marcados para sempre.

A Gandarinha terá de ser corrigida para bem do nome de Sintra. 


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