quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

SINTRA: DEPOIS DA ABENÇOADA CHUVA

Chuva que lava rios...

Os patifes que fazem descargas poluentes por ribeiras ou simples linhas de água, noutra sociedade seriam fortemente responsabilizados e perderiam ânimo para tal.

Quem com tal se preocupe precisa de muita força, teimosia, para denunciar ou alertar o que se passa mas esbarra frequentemente com obstáculos intransponíveis. 

Queixa-se a A, que passa para B, que depois chuta para C, e quando chega o dia da "observação", quantas vezes com remoques contra o queixoso, nada é visto.

É isso que se vai passando na linha de água que passa ao longo do Auchan de Sintra, sem que medidas enérgicas sejam tomadas para penalizar os responsáveis.

Desta vez, as fortes chuvadas têm conseguido limpar a linha de água de muita matéria poluente, ficando ainda muita lá depositada mas já com menos riscos. 

Nestes dias, com quanta alegria vimos o regresso de espécies que, sem chuva, talvez por lá tivessem morrido envenenadas por descargas anónimas bem visíveis. 


Regresso do casal...

Ainda se nota a poluição acumulada 

Outro regresso à mesma zona

Claro que, com as insuficiências fiscalizadoras, de técnicos e especialistas que não conseguem enxergar de onde parte a poluição, voltaremos ao mesmo.

É o ciclo da terrível sociedade que está em decadente construção, da anarquia dos responsáveis, da irresponsabilidade permitida aos responsáveis. 

E teremos discursos, parques que custam rios de dinheiro sempre com justificação, políticos de pacotilha, prenhes de ameaças sempre que se fala de corrupção.

Patifes fazem descargas mortais para o ambiente, sem convidarem outros patifes para mergulharem ou beberem das águas que não sabem proteger. 

É assim a nossa vida colectiva, onde a esperança vai morrendo.




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