"Nós não devemos esquecer...nós não devemos esquecer", Basílio Horta em mensagem sobre o 25 de Abril de 2020, depois de dizer "participei nesta luta pela liberdade".
Devemos confessar que, tentando perceber a última "Mensagem" (clonagem das "conversas em Família" de Marcelo Caetano) a escutámos 15 vezes.
Porque insistimos? Por receio de algo nos ter escapado entre "partilhar convosco" e "meus queridos amigos" até ao "abraço para cada um de vós" da apoteose.
Por detrás dos traços fisionómicos, da postura dos lábios e olhos, procurámos a discreta sombra do Anjo da Guarda a pairar sobre Sintra e etéreas transformações.
Como responder à partilha fraterna, mostra de transparência? SÓ COM EMOÇÃO!
Viajando em viatura com vidros fumados, de gama alta como o do Presidente da República, será sincero ao usar "queridos amigos" e "abraço" para se nos dirigir?
Técnicas de político-dependentes
Aquando da "Familiar Conversa", na esfera pública não se falava abertamente em alterações governamentais, embora uns zunzuns pudessem criar ambições...
Não sendo Alta Figura do Estado, sem tacões generosos a elevá-lo, difundiu um pretenso paralelismo com o Primeiro-Ministro e o Presidente da República.
"Não é uma análise 100% original, vocês com certeza já a viram ser feitas por altas figuras do Estado, nomeadamente o Sr. Presidente da República e o Sr. Primeiro-Ministro".
Momento de fino recorte político: quando se posicionava ao mais alto nível
Na realidade, António Costa fez, agora, remodelações, mas não seria prudente se incluísse no seu Governo um antigo quadro da Ditadura derrotada em 1974.
"Nós não devemos esquecer..."
O rosto era alarmista enquanto dizia "sem alarmismos...sem alarmismos" para de seguida deixar aquele pedaço: "estou muito preocupado com os tempos que aí vêm".
Mais: Em termos da parte sanitária nós chegámos aqui com um controlo...um controlo dentro da comunidade da expansão do vírus. Temos vindo a descer, sistematicamente".
Falhou. Quando falou, os indicadores já eram de aumento e não descida, mas continuou a ocultar à população os surtos de contágio como medida preventiva.
"Sem alarmismos" citou "três factores com influência decisiva nos resultados da pandemia": "aulas presenciais", "efeitos da crise social" e "doenças sazonais".
Pode dizer-se que foi uma "Conversa em Família" vocacionada para apresentar serviço e exaltar-se perante António Costa com incidência em soluções para a Saúde.
Omissão imperdoável
Preocupado "com os efeitos de uma crise económica e social como eu nunca vi em 40 anos de vida pública" esqueceu-se de contabilizar a carreira no regime totalitário.
Numa peça como esta "conversa em família" é imperdoável que o Actor se esqueça de incluir na verve os anos em que foi dirigente da União Nacional fascista.
Claro que o relevante cargo desempenhado na estrutura derrotada no 25 de Abril, acabou por ser valorizado pelo PS ao propô-lo para a Câmara Municipal de Sintra.
Até quando Sintra estará sujeita a estas práticas políticas?
Nota:
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