quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

QUEM SÃO OS CORRUPTOS E ONDE SE ACOLHEM?

As caras da "convergência"

A "investidora" tinha cobertura ao mais alto nível, visível no ar feliz de um ministro de então. Outro ex-ministro de confiança foi para a administração do seu banco.

Tal ex-ministro, que de finanças era especialista contra os mais desfavorecidos, saltou para uma entidade bancária onde a "investidora" tinha poder.

Tudo gente amiga, prestável, disposta aos apoios que a "investidora" precisava para os seus negócios, que depois alguma coisa poderia pingar em retribuição.

E a "investidora", a quem Marcelo ainda não tinha atribuído nenhuma condecoração, mas cujo marido a Câmara do Porto destacaria, cresceu na influência.

As consultoras foram ganhando uns milhões, quota-parte das centenas com que a "investidora" foi enchendo a bolsa, todos comummente felizes.  

Tudo facilitado. Enquanto os media se entretinham com desmentidos da "investidora", ela entrava e voltava a sair após passar procurações a quem a pode servir...

E a "investidora" foi tendo tempo para tudo...antes de ser feito o "congelamento".

Queremos ver quem patrocinou o saque de centenas de milhões à banca nacional e que ameaçam os contribuintes portugueses com  mais penalizações. 

Quem apoiou ou foi conivente nesse desfalque na dívida pública? 

"Implacável" no combate à corrupção


"Cumprindo a lei e sendo implacável no combate a práticas de corrupção e cleptocráticas" (Ministro dos Negócios Estrangeiros a propósito do Luanda Leaks)

As palavras do Senhor Ministro não seriam motivo para rir se notássemos um retorno positivo às medidas contra a corrupção e confiança nos intervenientes. 

Aliás, a notícia de há dias sobre o aumento da corrupção no Sector Público exigiria medidas, mas os protectores deixarão que se esqueça dentro de dias.

Claro que o Primeiro-Ministro, com a técnica de "à política o que é da política e à justiça o que é da Justiça" limpa a alma...sem reforçar os quadros da Justiça.

Tal "técnica" de dialéctica dará descanso aos autores de actos menos aceitáveis crentes de que as suspeitas de corrupção se arrastam até à prescrição.

Para provar que o palavreado não é gratuito, anunciem os sectores prioritários a investigar, incluindo o Poder Autárquico e seus agentes além dos "Investimentos".

Infelizmente quando se começa a falar de corrupção logo surgem desvios para outros temas que passam a dominar os média e a opinião pública.  

A "limpeza" do dinheiro 

Notas em plástico úteis para pecúlios escondidos, pois a sujidade não pega

Frequentemente ouve-se falar de branqueamentos e corrupção, como que de mãos dadas, havendo talentosos esquemas democráticos nessa "fantástica" prática.

Claro que todos os intervenientes: passadores, pagantes e beneficiários logo desmentem a pés juntos quaisquer dúvidas sobre a sua impoluta imagem.

Segredos bem guardados ajudarão na lavagem de tantos milhões...sem que se saiba a marca do detergente que faz aumentar fortunas com incrível facilidade. 

Ouve-se falar da lavandaria ou dos milhões que, como cogumelos, crescem nos bolsos de figuras patrioteiras que se acolhem tantas vezes sob o mesmo tecto... 

lavagem virou democrática, com a polivalência biológica do detergente mãos-limpas, em que as peças assumem aspecto imaculado no amontoado de fortunas. 

Corrupção? Sociedade mais justa? Como é possível tal convergência ideológica?

Exigimos saber quem são os corruptos e não serem escondidos. 


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