Quantas mais dificuldades se criarem aos Sintrenses para visitarem a Sua Vila Histórica, menos conhecerão o abandono em que se encontra. Depois é fácil propagandear ilusões...
Falhanço nas Alterações do Trânsito
Dentro de poucos dias, comemora-se o 1º. Aniversário de uma das mais inconcebíveis decisões politicas, desconformes aos interesses da vida sintrense.
Neste tempo, sentimos que as alterações ao trânsito em Sintra só tiveram um louvador oficioso que averbou pontos no cartão para o sorteio de um carguito.
Há quase um ano sem um projecto agregador dos vários segmentos envolvidos, as ditas "alterações no trânsito" lesaram o comércio, os trabalhadores e os visitantes.
O Ramalhão passou a parque de estacionamento de autocarros (8.3.2019)
Carros vindos do Centro Histórico "ajudam" a entupir a Volta do Duche (8.3.2019)
Tivemos a política da concentração de viaturas em longas filas, mais estacionamento pago e pilaretes, com reflexos negativos no acesso ao Centro Histórico.
Quem - despudoradamente - a propósito de parques de estacionamento, divulgou que "nenhum dispositivo" seria construído no Rio do Porto...voltou a mentir.
A negação do servilismo como canal divulgador
Quem, para ficar bem na fotografia, exulte com a falsa retirada de carros da Vila Histórica, face ao resultado pode limpar às paredes a mão que tais dislates escreve.
Principais Vítimas: Pessoas
Decisores políticos que não vistam a pele dos outros, poucos reflexos negativos do decidido sentirão, chegando nas viaturas que os interditados suportam.
Seria expectável alterações significativas nos transportes públicos, garantindo maior cobertura territorial, mais rapidez e efectivo serviço às populações.
Ao invés, os transportes públicos que, nestas coisas, são determinantes, foram os principais pontos negativos, chegando ao ponto de até se restringirem.
A carreira 467, usada por Pessoas que se deslocavam ao seu Centro de Saúde, foi discriminada e afastada da estação da CP, causando incómodos aos utentes.
Também a ligação directa entre Estação da CP e o Centro Histórico foi substituída por um inacreditável trajecto que desmobiliza o uso de transportes públicos.
Residentes, trabalhadores locais e turistas (estes julgarão que é turística a volta por Chão de Meninos para descer à parte de cima da Vila) foram desconsiderados.
Fracos "conselheiros"
Se existisse transparência por parte de quem, sob qualquer pretexto, exalta todas e quaisquer medidas sopradas, então fixaria a atenção em matéria prestigiante.
Desde a primeira hora das alterações no trânsito, justificava-se - diria impunha-se - uma circulação rápida entre a Estação da CP e o Largo Dr. Gregório de Almeida.
A Volta do Duche, um mealheiro sem silo que agora não incomodará conselheiros, garantiria circulações rápidas entre a Estação e o Largo Dr. Gregório de Almeida.
Essa deveria ter sido a primeira medida cautelar, garantindo o acesso à zona central da Vila em vez da fantasmagórica paragem no Largo Ferreira de Castro.
Comércio Local com resultado negativo
Podem os políticos extasiar-se com a beleza da obra feita, como se em cada umbigo acendesse um led a assinalar a passagem por Sintra, mas nada brilha.
Falando com comerciantes, a maior parte alude ao abaixamento das suas vendas, uma vez que os visitantes são cada vez mais desviados do Centro Histórico.
Por outro lado, face aos problemas nos acessos e longas perdas de tempo, muitos operadores passaram a recorrer a outros destinos sem considerar Sintra.
Consequentemente, o Comércio Local está encerrando cada vez mais cedo devido a um conjunto de medidas que não fomentam a permanência dos visitantes.
A alternativa do parque na Cavaleira, não ajudando em nada a não ser os senhorios que há vários meses recebem elevada renda, tornou-se um dos flops tradicionais.
E vivemos nisto, sem que a capacidade de gerir o território surja das cabeças.
Sintra não merece isto.
2 comentários:
Bom dia.
Pouca gente liga, mas a juntar a toda esta triste situação dos veículos automóveis, soma-se também a impossibilidade de uma simples bicicleta entrar na Vila de Sintra vinda da zona da serra, sem cometer alguma infração ás regras de trânsito.
Esta situação aplica-se a quem venha de Monserrate, Seteais, Regaleira, Capuchos, Parque da Pena ou Castelo dos Mouros.
A única alternativa mesmo é pela zona do Castelo e Pena em direção a São Pedro. Mas é preciso subir até lá e as bicicletas não têm motor, pelo menos a maioria.
Um meio de transporte ecológico como uma bicicleta merecia outro tratamento por parte da Câmara de Sintra, digo eu.
Enviei há mais de um mês e-mail para a Câmara expondo esta situação e sugerindo a criação de mini-faixas pintadas no chão, apenas para bicicletas, na Rampa da pena e na Estrada de Monserrate. Não obtive ainda qualquer resposta.
Vou continuara a guardar. Sentado...
Caro J.P. Gonçalves,
É evidente que tem toda a razão...mas estas coisas devem ser pensadas com tempo e com uma massa que existe dentro da estrutura óssea da cabeça...
Veja que se houver algum acidente, roubo, agitação na Regaleira a GNR depois tem de ir até colares para regressar a Sintra.
Entretanto, pelo que se vê todos os dias, autocarros, tuk-tuks, jipes etc., a preocupação ambiental também não foi coisa que merecesse muita atenção...
É assim a Sintra a que chegámos.
Grato pela sua visita.
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