terça-feira, 19 de março de 2019

SINTRA: DISLATES AJUDAM A PERCEBER A GANDARINHA

"Quem engraxa nunca tem as mãos limpas", Trump Kremer



Servilismo ilimitado

Quem viva numa sociedade em que a defesa de patrimónios e bens comuns deva ser a ideologia não poderá evitar os doentios críticos que se ligam ao outro lado.

Sucede, quando as opiniões evoluem para a adulação servil aos responsáveis, gratos pelo que lhes dizem "à orelha", traindo a história do local e da seriedade pública.

Escondem objectivos? Sonhos de curadores encartados? Carguitos a exibir em currículos? Há dislates que fazem meditar e que justificam urgentes recompensas.

Abusando de respeitável Jornal Regional... 

Muitos Munícipes - tantos nascidos na Vila - amantes de Sintra e seus defensores sem pavoneios, pagantes de todos os seus impostos no concelho, andam intrigados.

Como é possível que, usando colunas gratuitas de um respeitável Jornal que lhe dá abrigo (talvez sem pagar o exemplar que lê), tais Munícipes sejam enxovalhados?

Munícipes discordantes são acusados de recorrer "às falsidades que enxameiam as redes sociais" e fazer "recomendações apressadas, desconexas e inconsistentes".

Se não forem intelectuais tornam-se "habituais especialistas" que conversam "com os taxistas até às mesas dos cafés", "deitando abaixo sem dó nem piedade".

Da Cadeia Comarcã moteja-se: "acicatação dos ânimos", "jogo da confusão""que mentores e prosélitos""lavram" e "o criticável uso das redes sociais lhes serve".

Tão desfadado escrevinhador poderia brilhar se a proximidade com o edil não lhe "ofuscasse" a página 231 da Acta de Sessão de Câmara de 25 de Setembro.

Ficam só estes flashes, já que um Jornal Regional não pode ser usado para exibicionismos locais ou não locais e para desqualificar leitores e assinantes.

Finalmente...descobriu-se...a lição da Gandarinha 

"Todos os burros comem palha...é preciso saber dá-la" é um provérbio mais útil do que o estafado "Só os burros é que não mudam" para justificar cambalhotas...

Foi no contexto da Gandarinha que o desfadado se envesgou na ofensa aos Munícipes  resistentes, acolhendo - sem reservas - as explicações de Basílio Horta.

Munícipes firmes, sem interesses ou basófias escondidas, tinham denunciado o monstruoso atentado perpetrado na Gandarinha e o aumento da área edificada.

Um ano antes (23.2.2018) induzia ao sossego: "a própria Unesco repudia qualquer solução de estacionamento que induza afluxo de tráfego aos centros históricos".

Mas 11 meses depois, com um silo público por exigência camarária na Gandarinha - Zona Protegida pela Unesco - a melhor saída seria enviesar para a Volta do Duche.

Nada de confusões: Na Volta do Duche é que foi uma luta ao estilo da batalha entre Filisteus e Israel, com os pigmeus "David" contra Golias (talvez Edite Estrela). 

A Volta do Duche (fora da Unesco) teve lutadores de peso: "intelectuais nacionais, destacados académicos, jornalistas, mulheres e homens das Ciências e das Letras".

Daí que na Gandarinha, por terem faltado tão intelectuais personalidades, não tenham havido "indícios de cidadania activa" ou "intervenção cívica exemplar".

Pois. A Gandarinha desmascarou os patrimonialistas de pendor aristocrático, porque os Munícipes defensores do Património não se confortam no colo dos decisores.

Hoje, a luta da Gandarinha é dos sintrenses que se indignam por um silo público para mais de 120 carros em pleno Centro Histórico com o silêncio cúmplice da aristocracia.

Na Gandarinha a melhor prova de cidadania activa e responsabilidade objectiva foi feita por sintrenses respeitáveis e amantes da sua Terra.

Sem o desconforto de ficarem com as mãos sujas.   

Nada de confusões...



Breve nota:

Não deixaria de ser interessante - e útil a Sintra - que as penas dessem a lentes, permitindo que passantes diários na Volta do Duche vissem e avisassem a Câmara.

Ao longo da Volta do Duche há 16 marcos destruídos há anos.




Facilmente se vê que não é recente 

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