quinta-feira, 26 de abril de 2018

SINTRA: SR. PRESIDENTE...ESCUTE A DEPUTADA ELZA PAIS


Certamente Sua Excelência, por razões institucionais e de cravo na lapela, não escutou a intervenção da Senhora Deputada Elza Pais, na Assembleia da Republica.

Foi um momento alto naquele Órgão de Soberania, com a Senhora Deputada do Partido Socialista a rever como o regime fascistas tratava as mulheres progressistas.

Nós, nascidos 35 anos antes de Abril, com que alegria e emoção escutámos a intervenção da Ilustre Deputada, porque foi ao esquecimento buscar duras memórias.

De rosa vestida e cravo legitimado ao peito, lembrou como o regime fascista perseguia  e escondia as mulheres progressistas que lutavam pela liberdade. 

Citou - entre outras lutadoras - Carolina Beatriz Ângelo, a primeiro Mulher que conquistou o direito a votar, o que fez na Assembleia Constituinte de Maio de 2011.

A intervenção teve, para nós, uma falha: - A Deputada não deveria ter  conseguido chegar ao fim com o controlo da comoção tão expressa no rosto, na voz e nos olhos.

Teria sido um momento ainda mais sublime, de entrosamento com os sentimentos, único e de beleza histórica impressionante, que não esqueceremos.

A nossa gratidão à Senhora Deputada Elza Pais.  

Que dizer da Câmara Municipal de Sintra?

Escutávamos e víamos a Senhora Deputada, enquanto meditávamos na forma como a Câmara Municipal de Sintra homenageou Carolina Beatriz Ângelo.  

Com a indispensável aprovação do Presidente da Câmara, é num dos recantos mais escondidos do Parque da Liberdade que Sintra diz homenagear Beatriz Ângelo.

Assim se mantinha hoje em Sintra, num local distante e quase escondido, a homenagem à Mulher que ontem foi citada na Assembleia da República, com as maiores honras para uma cidadã


Já o tinhamos feito antes em Abril de 2015,  refizemo-lo em Outubro de 2016 (clique para rever). Sua Excelência ou um atento cuidador...não cuidaram...

Nem queremos classificar esta contradição, entre o Átrio da Liberdade onde se saúda um lutadora exemplar e um Parque da Liberdade que a confina ao alheamento.

É como os cravos, há Cravos de Abril e simples cravos na lapela. 

Sintra e os Sintrenses não merecem isto. 


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