segunda-feira, 19 de junho de 2017

SINTRA...POLO HOSPITALAR ENTRE MINISTRO E EXAGEROS

"A futura unidade de saúde – que “não é um novo hospital, como o senhor presidente da Câmara de Sintra referiu” – será “um polo do Hospital Amadora/Sintra [Hospital Fernando da Fonseca], sem internamentos (...), afirmou o ministro".
"Um Polo é melhor porque depende à mesma do HFF, e podemos evitar que as pessoas venham aqui à urgência. Lá vamos fazer cirurgia de ambulatório, consultas externas, ter meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica e camas de convalescença", afirmou presidente do Hospital Fernando da Fonseca". 
Na política, tal como na vida, é preciso ter cautelas na gestão dos exageros, pelo que não ficaria mal ao Presidente da Câmara recorrer a quem o possa ajudar para os evitar. 

Seria estultícia a citação dos, quanto a nós, variados exageros. Daqui por uns tempos, quando outra personalidade tiver de assumir os compromissos, veremos. 

No entanto, a propósito do tal Hospital que o poder sintrense chama agora de Proximidade, mas a Tutela diz POLO,  as declarações conhecidas são mais exageradas. 

Vejamos então, segundo as palavras utilizadas:

"Hospital" = "Estabelecimento onde se recebem e tratam doentes". 

"Proximidade" = "Lugar próximo", "cercanias". "vizinhança".

Exageros por convicção ou para ilusão eleitoral? 

Segundo o SintraNotícias, a propósito do "acordo" que foi submetido a aprovação Camarária, Basílio Horta suportou o compromisso “na melhoria das condições de vida de mais de 400 mil pessoas”. Nitidamente exagerando. 

Será que os que vivem entre Casal de Cambra e Massamá, Queluz e Belas, passam a ser encaminhados para a "proximidade" agora anunciada? Deixarão de estar em ligação directa com o Hospital Fernando da Fonseca, só lá chegando depois da triagem no Polo

Bem, se excluirmos as freguesias que estão mais próximas do Hospital Fernando da Fonseca, as tais "400 mil pessoas" ficam substancialmente reduzidas...

Ora, se a Unidade agora promovida entre Polo e Proximidade, não tem as grandes valência hospitalares (blocos de grande cirurgia e equipas de cirurgiões, recobro, etc.) não está em condições de assistir casos de urgência por acidentes ou doença súbita.

Andarão os doentes de um lado para o outro? Depois de ali chegarem...serem enviados para o HFF, onde estão as polivalências? Estas coisas são muito melindrosas. 

Será que os Bombeiros e o Inem, em primeiros socorros a casos graves, querem correr o risco de recorrer a uma Unidade que sabem, à partida, estar limitada? 

Neste contexto, a referência a "uma necessidade com mais de 20 anos"...paradoxalmente continuará a ser uma necessidade pela insuficiência da resposta aprovada.  

Em tese, por favor, use-se da realidade completa e fale-se a verdade aos sintrenses, completa, sem habilidades de palavreado, porque já cansa.

Que "Hospital de Proximidade"? Qual a amplitude de "Proximidade"?  

Os sintrenses não merecem disto. 


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