Uma imagem que se não esquece, que não poderia ser deturpada nem escondida, que com muito orgulho é mostrada. Uma imagem que não esconde as origens.
A criança triste tinha apenas 23 meses de idade.
Quem olhar cuidadosamente, pode ver tudo que rodeava uma criança naquele Alentejo profundo, dois anos depois do início da II Grande Guerra e privações havidas.
Não havia tablets, nem médicos, nem psicólogos. À noite havia a lamparina e as manhãs começavam às 5 horas, sem sono, porque se ia cedo para o colchão de palha.
Uma mecha em candeeiro a petróleo alumiava para os deveres escolares, num caderno de duas linhas ou na ardósia riscada com pena rija porque a de leite era cara.
O café eram sopas de pão e, aos Domingos, farinha torrada numa frigideira. Faltava a manteiga que para nós era substituída por banha derretida com colorau para ter cor.
Não havia parques, nem jardins. Eram privados, para filhos de feitores e agrários.
O menino teve a sorte de não morrer como foi sucedendo a muitos outros.
Hoje, com 77 anos, o menino sente repulsa pelos que falam das crianças mas apoiam quem a elas fecha Parques e Palácios se os pais não puderem pagar as entradas.
O menino com 77 anos sente vergonha dos que se dobram como lacaios, se calam com recompensas, vivem de abraços fraternos ou se rendem à bajulação.
Há quem seja capaz de enaltecer os mesmos que ontem fecharam as portas às nossas crianças, entusiasmados, pela certa, com o aumento do nosso dinheirinho.
Como nos saltaram ao pensamentos tantos fariseus...a podridão das elites.
Por isso temos estado e continuaremos a estar ao lado das crianças e seu direito de acesso gratuito aos bens culturais, ao Monumentos e Palácios Históricos de Sintra.
E digam lá fora, onde alguns se movimentam e talvez se pavoneiem, que no Dia Mundial da Criança a tal entidade tão votada...votou as Crianças ao ostracismo.
Porque não podemos esquecer as limitações que tivemos em criança.
Que sintam vergonha...ao menos isso.
A criança triste tinha apenas 23 meses de idade.
Quem olhar cuidadosamente, pode ver tudo que rodeava uma criança naquele Alentejo profundo, dois anos depois do início da II Grande Guerra e privações havidas.
Não havia tablets, nem médicos, nem psicólogos. À noite havia a lamparina e as manhãs começavam às 5 horas, sem sono, porque se ia cedo para o colchão de palha.
Uma mecha em candeeiro a petróleo alumiava para os deveres escolares, num caderno de duas linhas ou na ardósia riscada com pena rija porque a de leite era cara.
O café eram sopas de pão e, aos Domingos, farinha torrada numa frigideira. Faltava a manteiga que para nós era substituída por banha derretida com colorau para ter cor.
Não havia parques, nem jardins. Eram privados, para filhos de feitores e agrários.
O menino teve a sorte de não morrer como foi sucedendo a muitos outros.
Hoje, com 77 anos, o menino sente repulsa pelos que falam das crianças mas apoiam quem a elas fecha Parques e Palácios se os pais não puderem pagar as entradas.
O menino com 77 anos sente vergonha dos que se dobram como lacaios, se calam com recompensas, vivem de abraços fraternos ou se rendem à bajulação.
Há quem seja capaz de enaltecer os mesmos que ontem fecharam as portas às nossas crianças, entusiasmados, pela certa, com o aumento do nosso dinheirinho.
Como nos saltaram ao pensamentos tantos fariseus...a podridão das elites.
Por isso temos estado e continuaremos a estar ao lado das crianças e seu direito de acesso gratuito aos bens culturais, ao Monumentos e Palácios Históricos de Sintra.
E digam lá fora, onde alguns se movimentam e talvez se pavoneiem, que no Dia Mundial da Criança a tal entidade tão votada...votou as Crianças ao ostracismo.
Porque não podemos esquecer as limitações que tivemos em criança.
Que sintam vergonha...ao menos isso.
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