terça-feira, 12 de abril de 2016

SINTRA: TRABALHADA EM PHOTOSHOP

Há quem goste do photoshop ou goste de mostrar que gosta do photoshop. 

As fotos vítimas de photoshop fazem-me lembrar a Lili, criam a ilusão de não existir celulite na paisagem, tornando o tapado estupidamente belo e irreconhecível.

As paredes brancas, com Sol fraco e arenoso a bater-lhes, podem levar uma barrela cor de rosa geradora de prosápias enternecedoras...se citadas por pessoas vultosas.

E dado o sinal do gosto pela ilusão, os guardanapos logo saltam dos invólucros em matéria reciclável, oferecendo gostos coloridos conforme os destinatários.

Pode dizer-se, sem ofender, que muitos políticos adoram o photoshop. É o peeling da imagem, o tira nódoas da pele, a verruga que pode ser branca, azul ou vermelha.

Há quem aprecie o photoshop como se de uma iguaria se tratasse. Não comem a iguaria mas cozinham-na na convicção de que outros a irão comer.

Graças à evolução, é possível encantar manipulando megapixels ao jeito de interesses. 

Tal como na vida, o photoshop é o falsete da imagem, uma fífia de pendor erudita, assim como que uma disfarçada celulite na alma.

É a vida, pequena montra de imagens travestidas, de sinais misturados com imagens, de adivinhos do futuro, ensebando a imagem do quadro a porvir.

Na evolução da sociedade, há uma nova classe: - Os photoshopistas, naturalmente com prazo de validade, fazem acrobacias consoante as cores que vêem no horizonte...

Antes imagens sem photoshop, contra o que nos faz sofrer, porque não iludem, não deturpam a realidade e dão a liberdade de pensar sem ilusões acessórias.

De que lado está a liberdade?

Com photoshop como seria esta imagem?

Bom Dia...



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