A notícia da Lusa (8.1.2016), reproduzida no Público, diz-nos que Sintra foi a "única localidade portuguesa presente na feira de turismo" ocorrida em Nova Iorque.
A peça, puxada à página pessoal do Presidente da Câmara no FB, seria menos banal se apontasse medidas em curso para receber bem os turistas esperados.
Cansa a sistemática alusão ao "destino turístico único e diferente", porque "únicos e diferentes", à sua maneira, são milhares de locais pelo mundo fora.
Ao mesmo tempo, exige-se rigor. Existindo dados oficiais sobre dormidas, não fará sentido dizer-se que "cerca de 15 a 20%" foram de norte-americanos.
Tal como aludirmos à "articulação com os operadores turísticos da região", sem identificarmos a região. Não ajuda a saber-se se são operadores de Sintra.
Mercados que exigem respostas de alta qualidade
Segundo as explicações dadas, pretender-se-à captar turistas norte-americanos e europeus de países mais ricos, onde o turismo é de alta qualidade.
Existem diferenças entre esses mercados: o dos EUA e Canadá é essencialmente de seniores exigentes, enquanto que os europeus são mistos.
Para captá-los, é preciso conhecer-se - concomitantemente - a qualidade da oferta interna nesses mercados e os hábitos criados nos seus turistas.
Para quê? Para que, após 10 ou mais horas de viagem, não se contentem com as esplanadas do Paris ou do Central, ou umas queijadas e travesseiros.
Não sendo visitantes com mochilas às costas, exigem comodidades médias e altas, ofertas museológicas e eventos culturais que os ocupem em Sintra.
Ao invés de alguns aristocratas locais que advogam os visitantes irem dormir a Cascais ou a Lisboa, Sintra não poderá chamar turistas...para cá não ficarem.
Sintra "atractiva" com "uma série de atracções invulgares"
Afigura-se-nos que a Câmara estará a promover o canal turístico que lhe cabe, já que outra parte - com receitas em monumentos - fará as suas promoções.
Da peça da Lusa, retiramos mais palavras do Presidente da Câmara: "(...) que Sintra seja atractiva(...) porque apresenta uma série de atracções invulgares".
A peça, puxada à página pessoal do Presidente da Câmara no FB, seria menos banal se apontasse medidas em curso para receber bem os turistas esperados.
Cansa a sistemática alusão ao "destino turístico único e diferente", porque "únicos e diferentes", à sua maneira, são milhares de locais pelo mundo fora.
Ao mesmo tempo, exige-se rigor. Existindo dados oficiais sobre dormidas, não fará sentido dizer-se que "cerca de 15 a 20%" foram de norte-americanos.
Tal como aludirmos à "articulação com os operadores turísticos da região", sem identificarmos a região. Não ajuda a saber-se se são operadores de Sintra.
Mercados que exigem respostas de alta qualidade
Segundo as explicações dadas, pretender-se-à captar turistas norte-americanos e europeus de países mais ricos, onde o turismo é de alta qualidade.
Existem diferenças entre esses mercados: o dos EUA e Canadá é essencialmente de seniores exigentes, enquanto que os europeus são mistos.
Para captá-los, é preciso conhecer-se - concomitantemente - a qualidade da oferta interna nesses mercados e os hábitos criados nos seus turistas.
Para quê? Para que, após 10 ou mais horas de viagem, não se contentem com as esplanadas do Paris ou do Central, ou umas queijadas e travesseiros.
Não sendo visitantes com mochilas às costas, exigem comodidades médias e altas, ofertas museológicas e eventos culturais que os ocupem em Sintra.
Ao invés de alguns aristocratas locais que advogam os visitantes irem dormir a Cascais ou a Lisboa, Sintra não poderá chamar turistas...para cá não ficarem.
Sintra "atractiva" com "uma série de atracções invulgares"
Afigura-se-nos que a Câmara estará a promover o canal turístico que lhe cabe, já que outra parte - com receitas em monumentos - fará as suas promoções.
Da peça da Lusa, retiramos mais palavras do Presidente da Câmara: "(...) que Sintra seja atractiva(...) porque apresenta uma série de atracções invulgares".
Será esta uma das "atracções invulgares" como garante o responsável?
Este espaço na Torre do Relógio (Centro Histórico) terá justificado que a Parques de Sintra enviasse para a Câmara 800 bilhetes de entradas
Como classificar este património Municipal, que há vários anos denunciamos. Será útil ao Turismo?
Quando se exaltam elevadas disponibilidades financeiras...que pensar?
Falemos um pouco de Turismo
Somos defensores do desenvolvimento do Turismo em Sintra, mas isso implica estruturas vocacionadas e decisões que abram as portas aos técnicos.
Como é possível falar-se em "destino turístico único e diferente" e depois termos um balcão na Estação da CP que ainda no passado dia 27 às 17,12 já estava fechado?
Aqui se vende Turismo "único e diferente"?
De guias turísticos locais credenciados ao Museu do Eléctrico
A notícia da Lusa, com explicações do Presidente da Câmara, pelo mesmo publicitada e omitindo eventuais medidas em curso, gerou grandes expectativas para breve.
A anarquia de ofertas ditas turísticas em Sintra é cada vez mais conhecida, com a indiferença de quem deveria promover regras e controlar a sua qualidade.
Ao invés, na maior parte dos destinos turísticos com História, só Guias Locais, devidamente formados e credenciados, podem acompanhar os visitantes.
Sintra não pode, em breve, oferecer aos visitantes norte-americanos aquelas imagens que todos os dias nos são oferecidas e que os responsáveis não vêem.
Será que o Presidente da Câmara já apanhou um autocarro da carreira 434 até à Pena, cheia de passageiros sentados e outros tantos de pé aos tombos serra acima?
E a deplorável concentração de viaturas no Centro Histórico de que os potenciais norte-americanos poderão ser vítimas incrédulas sem pisar a nossa terra?
Por último, talvez por nos ser ainda mais caro: O Histórico eléctrico, que os norte-americanos devem saber só funcionar em metade da semana. Há alternativa:
- Constitua-se, na Ribeira de Sintra, o Museu do Eléctrico. Leve-se a Linha até à Estação e, depois, promova-se a visita ao Museu ligando-o diariamente por eléctrico.
Tudo isto exige que Sintra controle o seu Turismo.
Turismo e capacidades de resposta devem ser levados muito a sério.
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