"O Fim dos Segredos" dá-nos a conhecer, de forma mesmo reduzida, as sociedades paralelas e invisíveis que nos cercam com interesses marginais à vida colectiva.
O livro, bem escrito e organizado de forma a poder compreender-se, assusta-nos na viagem a meandros de organizações que, por algum fito, se pretendem secretas.
Não se trata de estruturas para convívios entre pessoas, digamos que para beber uns copos e conversar, para simples debates ou tertúlias inócuas. O oculto marca-as.
Não se trata de militantes de partidos políticos, estudando e discutindo programas para que os cidadãos possam votar e fazer escolhas para a sua representação institucional.
Somos levados a recordar a série Belphegor que a TV transmitiu nos anos 60, passada no Museu do Louvre e nos deixava sempre inquietos.
Jogos de influência, células que - mais do que polvos - se multiplicam em esquisitas misturas de políticos, espiões e gente de altos negócios, salvaguardadas em segredo.
Milhões em patrimónios. Fundações. Personalidades que em público parecem guerrear-se mas depois se reúnem debaixo dos mesmos tectos em unidade fraterna.
Nomes conhecidos são pontas de icebergues.
Que estrutura política se desenha?
Lendo cada página do livro crescem os receios sobre uma sociedade futura dominada por forças ocultas...se não existirem projectos democráticos alternativos.
"O FIM dos SEGREDOS" é uma fonte de desassossego, porque nos alerta para perigos diversos num País onde a maioria dos habitantes quer viver com transparência.
E como é bonito exibir-se ou louvar-se a transparência...consoante os interesses.
A leitura do livro "O FIM dos SEGREDOS" é determinante para nos precavermos.
Parabéns à Catarina Guerreiro pela coragem.
Boa leitura a quem aceitar este convite.
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