quarta-feira, 3 de junho de 2015

SINTRA: AINDA A DEVASSA DO ADRO DE SANTA EUFÉMIA

Interior da Ermida de Santa Eufémia em 1.5.2006

Esperamos que a agressão ambiental feita em Santa Eufémia não venha a justificar mais elementos face a pseudo desmentidos subtis e de português confuso.

Temos dois privilégios: 1) conhecemos o local há dezenas de anos e não por lá ir para umas sardinhadas no pão. 2) não estamos enfeudados a nada nem a ninguém.

Fosse vivo o saudoso Padre Lencastre e isto não se teria passado em Santa Eufémia.

Até 2009, NÃO existia qualquer ligação para viaturas entre o Adro da Ermida de Santa Eufémia e a Pousada Florestal, depois dedicada à Juventude.

 um caminho pedonal, típico de serra, com fortes raízes de árvores que a chuva esventrava e serviam de degraus, nos deixava chegar ao pé do muro lá em baixo.

Acesso ao Adro era impedido


Entre estes dois pilares existia uma corrente (com placa ao meio) proibindo a entrada de carros

Desenterrámos parcialmente o pilarete para mostrar a argola

Antes de se chegar ao Adro (Santuário não será o mais correcto) uma corrente de lado a lado impedia a entrada. Os carros invertiam a marcha no pequeno largo existente, voltando a descer-se a Rua de Santa Eufémia.

Neste pequeno largo se fazia a inversão da marcha...voltando a descer

Era esta a maravilha de uma área protegida, inserida no Parque Natural. 

Como se fazia o acesso à Pousada

O acesso de carros à Pousada fazia-se pelo caminho de baixo (dois sentidos). A partir de 28 de Junho de 1995 passou a chamar-se de Rua Miguel Torga (tão desadequada ao prestígio do médico e poeta) embora não existissem lá casas ou residentes.

A R. Miguel Torga inicia-se em frente a uma das antigas casas dos guardas florestais.  

Em 2009, para circulação de viaturas até ao largo da Pousada (tem um portão de acesso à Parques de Sintra - Monte da Lua) foi rasgada - e betonizada - uma via, com sinais de trânsito sem aprovação oficial, deduzindo-se que a CM de Sintra foi alheia.


Como se pode ver, os sinais não estão legalizados nem registados pela CMSintra

O que foi feito, parece mais configurar uma arrogância de poder, já que na Rua Miguel Torga havia duas soluções possíveis: ligeiro alargamento em certas zonas ou colocação de sinais luminosos com aberturas alternadas.  

A cada vez maior devassa do Adro 

A partir da abertura da referida via, pavimentada a betão (estranha-se a compreensão militante pela impermeabilização do solo e cortes verificados) é verdadeiramente chocante o número de viaturas que atravessam o Adro para aceder à PS-ML. 


Um "natural" e contínuo atravessamento do Adro

Certamente haverá quem goste. Haverá quem goste (saberá porquê) de se mostrar na defesa militante dos responsáveis por tão graves alterações. 

Insiste-se num ponto: - O único (e mau) caminho pré existente era-o apenas pedonal.

Pela nossa parte, pouco adeptos de servis adulterações, julgamos ter encerrado esta parte da história, sem a pretensão de sermos pseudo-historiadores. 


Nota, em tempo:



Pelo que é agora visível, começaram as obras de recuperação das edificações cobertas. Finalmente, depois de três anos com a responsabilidade oficial, era tempo.

O que será feito aos edifícios destelhados? Aguardemos um porta-voz.







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